segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Política de Apoio à Terceira Idade

Este texto que não precisa de mais comentários foi enviado por Cristina Vieira, Presidente da Junta de Soalhães.

Caro Jorge,

Aproveito para comentar esta atitude do executivo da câmara municipal, sobre os idosos.

E lamento que a politica de apoio à terceira idade se resuma a uma atitude compulsiva, resultante do impacto de algumas notícias na comunicação social, sobre idosos que foram encontrados em casa mortos, dias após o seu falecimento.

Lamento muito que após dois anos de insistência e contactos com o gabinete de acção social da câmara municipal, para resolver uma situação de uma idosa residente na freguesia de Soalhães, que vive numa habitação onde chove, o mesmo executivo, não tivesse a mínima sensibilidade para com esta idosa e lhe tivesse enviado uma carta, a dar-lhe conta que esta podia recorrer a um empréstimo sem juros!

Estranho que agora passados estes meses, nos venham pedir uma relação dos idosos que residem sozinhos. Para lhes instalar um telefone em casa? Naquela casa que chove, e que necessitava apenas de um dia de trabalho de dois trolhas da câmara? Aquela mesma casa, que os técnicos da autarquia visitaram, criando expectativas de obras na idosa?

Mas que sensibilidade e bom senso tem este executivo, que não atribui subsídios às instituições de solidariedade social com seriedade e justiça? Que atribui subsídios a grupos folclóricos e outros grupos como comissões de festas, de valor superior aos que atribui às instituições. Às instituições que são financiadas pela segurança social em apenas cerca de 60%, e que têm que junto dos utentes, comunidade e entidades públicas, obter uma parte do seu financiamento, para poder continuar a levar o almoço aos utentes, fazendo dezenas de kms, fazer a higiene pessoal de acamados, de lhes proporcionar a higiene pessoal e habitacional e de lhes tratar das roupas….De lhes levar todos os dias a casa um pouco de carinho e atenção.

Não podemos ver estas instituições como vemos um rancho folclórico, ou uma Comissão de Festas, com todo o meu respeito por essas entidades. Apoie-se cada instituição conforme a sua finalidade e trabalho e desempenho na comunidade.

Já agora, o Centro Social de S. Martinho de Soalhães, que tem 25 idosos em Apoio domiciliário de 2ª a sábado, e 15 em Centro de Dia, há já dois anos que não recebe qualquer subsidio da autarquia. O subsídio que esta entidade recebeu em anos anteriores é de 500,00€ por ano!

Cristina Vieira

13 comentários:

  1. Cristina
    quando Alguém morre,é vê-los todos ou quase todos de óculos escuros de marca e roupa de estilistas nos funerais e dizerem comovidos ( falsos )COITADOS CHEGOU A VEZ DELES ERAM BOAS PESSOAS COITADOS TINHAM AS SUAS COISAS,MAS LÁ FORAM!
    nunca se preocuparam como Eles viveram se bem ou mal,mas preocupam-se com a Herança...
    no dia seguinte já não se lembram de nada,mas sim lembram de quem lá esteve e como ia vestido...
    Os nossos Idosos são tratados sem a qualidade que merecem felizmente ainda existe alguém que se lembra Deles e ESSES QUE SE LEMBRAM DELES não são apoiados pelas entidades competentes que esbanjam dinheiro em coisas futéis como se vê dia a dia.
    eu penso que a srªvereadora já devia têr pedido a sua demissão,força ainda está a tempo...
    continua Cristina com esse teu trabalho porque um dia terás a recompensa de DEUS
    abraço
    amm

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  2. Caro Jorge Valdoleiros

    Nunca será demasiado recordar para quem teve a oportunidade de seguir a assembleia municipal do ano passado em Ariz-Feira Nova,como a senhora vereadora do pelouro da acção social,respondeu ao dr.João Valdoleiros,deputado socialista,quando este recordou a situação do idoso de Paredes de Viadores,que apareceu morto e já em adiantado estado de putrefacção e que propôs à câmara que criasse um sistema de alerta em caso de riscos para a saúde e para a protecção dos bens materiais,dos idosos que vivessem sós ou isolados.A resposta foi que a intervenção daquele deputado era demagógica.
    Para esta vereadora,uma proposta em defesa dos idosos é simplesmenre demagogia.
    E recordo ainda que aquele deputado sugeriu que se imitasse a câmara de Paredes,que já tinha criado um sistema de protecção de idosos e a resposta da douta vereadora foi que a câmara do Marco não precisava de copiar a de Paredes,porque a nossa também já tinha coisas boas.
    Como se pode concluir,a solução está sempre na ponta da língua,porque quaisquer outras,exigem mais competência,menos presunção,mais humildade,maior sentido de serviço cívico e melhor auto-crítica.

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  3. Caro Jorge Valdoleiros
    De facto, o texto é esclarecedor, não necessita de comentário, mas, talvez, de duas reflexões :
    - Por um lado, exemplifica a CONFUSÃO que existe, no Marco, sobre competências para apoiar a acção social e como o Poder de Manuel Moreira a usa a seu favor; recordo o caso de S. Nicolau, onde o exemplar voluntarismo (que conheço e louvo) do Senhor Belmiro Barros e da sua família, construiu um Centro de Dia, que, contudo, tinha na Câmara e Junta o seu apoio financeiro exclusivo, e não em qualquer contrato com a Segurança Social e a crise daí advinda. Com isto quero dizer que o papel orientador que o Poder local devia dar, aconselhando os empreendedores locais a registarem-se como IPSS, para poderem ter apoios da Segurança Social,logo, diversificando as fontes de financiamento, é, no Marco, substituído por apoios SÓ das Autarquias, ainda por cima, como o "post" refere, sem qualquer regulamento (mas isto é o tal "colectivismo" que Manuel Moreira destesta e defender o contrário será "demagogia" para Gorete Monteiro...); vive-se num mundo á parte, como se não houvesse um País com enquadramentos legais; opta-se pelo fomento do servilismo e exercício de caciquismo, para a Câmara ter tudo no seu controlo directo !
    - Li, na "Verdade", que a Câmara de Manuel Moreira e Gorete Monteiro vai criar uma Universidade Sénior, nas intalações do "falecido" Núcleo de Árbritos do Tâmega (espero que o "Apito Dorado" não seja contagioso!); veio-me á memória (e recordo isso aos ilustres autarcas referidos, pois, se mesmo "en passant", lá estiveram), o dia 2 de Novembro de 2007 e um Seminário, organizado pela empresa onde, então, eu trabalhava, no Auditório Municipal do Marco. O então Presidente da Câmara de Estremoz e a Assistente Social responsável (esta última hoje a residir e trabalhar no Marco), apresentaram a experiência da criação da Academia Sénior de Estremoz, frizando que a mesma surgiu de um profundo envolvimento das instituições locais (Juntas, IPSS, establecimentos de ensino, etc) e que a aspiração da Câmara era, a curto prazo, autonomizá-la enquanto Associação; e, SUBLINHO, que a necessidade de ter esse tipo de Universidade Sénior havia surgido no trabalho "de campo" feito para a elaboração da Carta do Associativismo de Solidariedade daquele Concelho (enfim outro "colectivismo"). Não sei quem Manuel Moreira ou Gorete Monteiro ouviram, nesta tentativa, centralizada e nada "colectivista", de criar tal Universidade Sénior. Desconheço se as (in)competências que lideram a Acção Social no Concelho, sequer, contactaram a RUTIS (rede europeia de universidades seniores), com sede em Portugal e cujo Presidente até esteve no Marco, no tal Seminário de 2007 (Dr. Luis Jacob). Decerto não...; no Marco não há lugar, na área social, para nada que surja fora do caciquismo de Manuel Moreira ou da mediocridade de Gorete Monteiro e de quem os rodeia na esfera do "social"; mesmo se, na porta ao lado, até estaria gente disponivel para, voluntáriamente, ajudar a criar a tal Universidade...
    A Cristina tem razão, infelizmente.
    E eu concluo : neste Concelho, com o PSD de Manuel Moreira e Gorete Monteiro, não há lugar para a Cidadania e Democracia participada, por isso, o trabalho social não existe nem poderia existir.
    E as éleições são só em 2013 !!!

    Abel Ribeiro

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  4. cara cristina vieira, a politica deste executivo, na atribuição dos subsidios para mim como cidadão deste concelho não esta correcta, não se pode dar subsidio as clubes de futebol para pagarem salarios, subsidios a ranchos para irem passear para fora do país, subsidios as associações desportivas e culturais que nada fazem ao longo do ano se a cmmc não lhe atribui-se subsidios e muito mais teria aqui a lamentar, mas como este executivo passados 5 anos de governação não faz outra coisa se não falar da divida que o FT deixou, mas quando se apresentou em 2005 ja todos nos sabia-mos desta divida, e portanto penso que chegou a hora deste executivo mostrar o que vale, e em vez de andar para aí a fazer festas e mais acções de promoção, gastar o dinheiro no apoio aos nossos idosos, não é só pelo natal levar um cavaz de compras, sera que só comem uma vez por ano

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  5. E eu acrescento, disponibilizar autocarros para passeios do pessoal da Câmara e os levados a cabo pelas JF várias vezes por ano, transportando pessoas de bons recursos,que muito bem poderiam passear, como eu,pagando do meu bolso.Pois,pois, mas no final lá vem a recompensa, em votos!!

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  6. Soube de fonte segura que há instituições de solidariedade social,que são descaradamente discriminadas,devido à cor política dos seus responsáveis,por contraponto doutras que beneficiam largamente pelas mesmas razões.
    Quer dizer,que a política de atribuição de subsídios de Manuel Moreira a essas instituições de solidariedade social,em vez de considerar o trabalho efectivamente feito em campo,o número de idosos carenciados apoiados,o número de famílas com graves carências de diversas causas apoiadas,a qualidade e o tipo de apoios fornecidos,privilegia a cor político-partidária.
    Embora a pouco e pouco,a população carenciada deste concelho,se apercebe que muitas das promessas de Manuel Moreira,nunca passarão disso mesmo,simples promessas eleitoralistas,demagógicas.

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  7. O "humanista" Manuel Moreira privilegia clubes de futebol,atribuindo-lhes subsidios com o nosso dinheiro,para pagar vencimentos de jogadores em detrimento dos subsidios a instituições de solidariedade social,que lutando com toda a espécie de dificuldades,estão no terreno realizando obra muito meritória de apoio a idosos carenciados,famílias problemáticas,entre outras acções de notória importância.
    A máscara de humanista já está gasta,cairá a breve tempo e será mais um passo para acabar de abrir os olhos às nossas gentes mais humildes,já cansadas de se sentirem manipuladas pela política de show-off deste executivo.

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  8. Outro tipo de apoio,
    publicado no DR o resultado de concurso para técnico superior da nossa Câmara. este nome já tinha sido mencionado em tempos no blogue marco2013, coincidencias,...

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  9. Concordo com quase tudo. Mas gostava de saber, se a JFS, resolveu o problema a senhora,uma vez que dois homens da autarquia resolviam o assunto, julgo que um só homem, pago pela JFS, faria um serviço melhor.

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  10. Aceito algumas das críticas da presidente da JFS ao executivo camarário, mas talvez ela pudesse resolver o problema à idosa da sua freguesia, em vez de assacar culpas só à Câmara. E já agora não sei o que a move contra os ranchos folclóricos ? Será que não são colectividades como as outras? Não serão estas associações que movimentam no concelho centenas de voluntários(21 ranchos),e que, com o seu trabalho se disponibilizam a animar festas nas freguesias, na cidade, no país e algumas vezes no estrangeiro, entre outras actividades? Ou será que a presidente da junta de Soalhães também acha que isto tudo é "folclore", e como no antigamente quer que os grupos folcloricos sejam o parente pobre da cultura portuguesa? Aconselho-a a consultar a Câmara de Baião,concelho onde trabalha,e da sua cor política, e veja como lá são tratados os ranchos folclóricos.
    Parece-me bem, que tem alguma "pedra no sapato", mas tire-a na sua freguesia e deixe os ranchos em paz.

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  11. Caro amigo

    As palavras de Cristina Vieira a respeito dos ranchos~são:

    "Não podemos ver estas instituições como vemos um rancho folclórico, ou uma Comissão de Festas, com todo o meu respeito por essas entidades. Apoie-se cada instituição conforme a sua finalidade e trabalho e desempenho na comunidade."

    Não me parece que lhe mova nada contra essas instituições mas sobretudo nos tempos que correm temos de ter prioridades e os apoios sociais devem ter uma atenção especial.

    Por aquilo que conheço da acção da JFS esta não fica à espera da Câmara para resolver os problemas. Mas é importante que Cristina Vieira lute para que a Câmara assuma também as suas responsabilidades.

    Se existe alguém que nada faz e só responsabiliza outros pelos problemas do concelho é exactamente o Presidente da Câmara. Se tiver dúvidas esteja atento às últimas posições da Câmara.

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  12. Meu caro anónimo,

    Um esclarecimento prévio.

    Já fui Presidente de um Rancho Folclórico. Assisto e participo com muito agrado nas vivências em volta da etnografia, da freguesia em particular, mas também do concelho do Marco e de Baião. Muito do carinho e da importância que dou hoje ao Folclore teve o seu inicio em Baião, mais concretamente com um projecto extraordinário de Santa Cruz do Douro. Associo incondicionalmente a quase todos eventos culturais da freguesia, a etnografia e o folclore. Quem conhece a animação do percurso pedestre e alguns eventos como a Feira Cultural de Soalhães, sabe efectivamente a que me refiro. Aliás, como deve saber fui a mentora do projecto”Roteiro do Folclore do Marco de Canaveses”, que outros concluíram.
    A criação do Museu Etnográfico e Cultural de Soalhães é um projecto que será concretizado a muito curto prazo.
    Como pode verificar tenho muita admiração pelo folclore.
    Não sou eu que considero o folclore o parente pobre da cultura portuguesa.
    Mas se fizer uma análise à atribuição que sido feita pelo executivo de câmara, indiscriminadamente a uns e outros, vai concluir que alguns ranchos serão efectivamente mais pobres que outros. Que uns trabalham e outros nem por isso. Que uns recebem 500€, uns 1000€ e outros 2000€. E outros não recebem nenhum.
    E o senhor até sabe do que falo. Mas eu não pretendo aqui fazer essa análise.
    Mas aceito a sua opinião caso seja diferente. Mas se eu fosse hoje dirigente de um rancho, como alguns que conheço e que têm feito um extraordinário trabalho na área cultural, tinha certamente muitas “pedras no sapato” para (a)tirar…
    A minha análise, a título exemplificativo, era sobre os 500€ que se dá a um rancho, a uma comissão de festas e a uma instituição particular de solidariedade social. Este valor é que não é comparável, porque as instituições em causa também não o são. Como é lógico! E este é o cerne da questão. E se fizer um pequeno exercício, de comparar os valores dos subsídios que a autarquia atribui, vai perceber que um rancho não recebe o mesmo valor que recebe por exemplo um clube de futebol, certo? Lógicamente.
    Simplesmente porque não são comparáveis.
    Não sou dirigente de um clube de futebol, mas desempenho funções técnicas há 11 anos numa instituição particular de solidariedade social.

    P.S- Sobre a política de atribuição de subsídios aos Ranchos Folclóricos no município de Baião, escreverei mais tarde sobre o assunto, se ainda for pertinente.

    Cristina Vieira

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  13. Foi-me confirmado que a Câmara de Baião apoia Ranchos Foclóricos em duas modalidades:

    - Ranchos federados, recebem um subsídio anual de 3300€ e devem realizar três actuações gratuitas ao serviço da CMB;
    - Ranchos não federados, recebem um subsídio anual de 1600€ e devem realizar duas actuações gratuitas ao serviço da CMB;

    Como se pode verificar não é o municipio do nosso ilustre Zé Luis Carneiro, que considera o Folclore o "parente pobre" da cultura portuguesa!

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