domingo, 5 de fevereiro de 2012

O próximo caso especial?

Este artigo do “The Economist” realça alguns pontos onde Portugal tem sido prejudicado nesta crise.

Primeiro porque Portugal não teria beneficiado tanto assim dos 489 mil milhões de euros de dinheiro mais barato que o BCE emprestou em Dezembro aos bancos por três anos, e depois porque a Standar & Poors rebaixou a notação de Portugal para o nível de lixo, isto pelo receio que Portugal siga o exemplo da Grécia .

Isto é estranho porque o FMI calcula que a dívida pública atingirá um pico de 118% do seu PIB no próximo ano. Uma carga pesada, mas mais leve do que o fardo hoje da Grécia, e mais leve mesmo depois do perdão da dívida grega pelos seus credores. Também não é maior o que a dívida da Irlanda, um favorecido do mercado obrigacionista, por comparação (ver gráfico).

Na minha opinião, deveríamos reflectir bem no que levou, a partir de Agosto, as taxas de juros dos empréstimos a Portugal afastarem-se significativamente das da Irlanda.

Se estamos a realizar todos estes sacrifícios para sossegar os mercados então devemos estar a fazer algo mal ou então os mercados não estão interessados em sacrifícios.

5 comentários:

  1. segundo ouvi hoje na antena 1 portugal directo, atraves em conferencia de imprensa o Sr. renato Sampaio, sobre o IC35, que o actual governo tem todas as condições de avançar com a obra que ´tem um financiamento de 85% dos fundos comunitarios, mais informor que no proximo dia 10 de fevereiro vai haver uma reunião com os srs. Presidentes de Camara do Marco e Penafiel, com o sr. Secretario de estado.

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    1. O financiamento da obra já estaria garantido e ela só não se inciou por inoperânica do Presidente da Câmara de Penafiel por causa de uma "disputa" de interesses económicos.

      Seria muita pena não se aproveitar esses fundos comunitários, pois sem eles será muito difícil justificar o investimento por muito que nos agrade a ideia da construção da IC35.

      As reuniões do secretário do estado com os presidentes da câmara e deputados tem sido constantes, o que é preciso é que este tome uma decisão política para avançar com a obra. E claro são precisos 15% dessa verba.

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  2. Nada,senhor anónimo das 06:00 AM,que já não se soubesse nos bastidores da política e ainda no governo de Sócrates.Que o diga o Presidente da Câmara de Penafiel,Alberto Santos,conhecedor como ninguém das razões,que atrasaram a aprovação definitiva da obra do IC 35.
    Neste blogue e em devido tempo,já foi aflorada a razão última,que atrazava a aprovação.
    Tratava-se dum litígio entre os interesses da autarquia de Penafiel e os duma determinada grande superfície comercial.Esta sim era a única e última razão para o adiamento da aprovação,pois as verbas já existiam.
    Louve-se sim,o trabalho político de Alberto Santos,para desatar o nó do problema do IC 35 e a mais ninguém.O seu a seu dono.
    Cá há demasiado tempo,estamos habituados a ver o trabalho de outrém ser usurpado por terceiros.E nem valerá apena citar exemplos,pois são sobejamente conhecidos.
    Não quero terminar o meu comentário sem parabenizar os nossos conterrâneos do fundo do concelho por verem finalmente a luz ao fundo do túnel,muito em especial aqueles,que tanto contribuem para a riqueza concelhia e nacional,nomeadamente,exportando os nossos granitos para as mais diversas partes do Mundo e dando a conhecer mais do que ninguém o nome do nosso Marco de Canaveses.

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  3. Entretanto,senhor anónimo das 06:00 AM,sem pretender ser crítico,gostaria de lhe chamar a atenção,que o poste colocado pelo Jorge Valdoleiros (mais um perfeitamente demonstrativo da sua enorme capacidade de análise da crise financeira,que afecta Portugal e muitos outros países europeus),em nada do seu conteúdo lhe chama atenção para o problema do IC 35.
    Gostaria isso sim,de ler argumentos em prol,ou contra o teor dos diferentes postes,demonstrando os intervenientes,saber e competência,a par dum Jorge Valdoleiros.
    Seria interessante seguir "discussões" elevadas sobre matérias,como as das áreas das finanças e da economia,que sobrelevam nesta crise todas as outras áreas de intervenção política.
    E em definitivo deixar de efectuar elogios balofos a quem tem apenas a obrigação de perante os seus eleitores,demonstrar que mereceu a nossa escolha e confiança.E nada mais que isso.

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    1. Percebo que nem sempre se queira discuir este tipo de posts, até porque numa primeira análise parece que nada tem a ver com a realidade do nosso dia a dia. Mas tem.

      O que se passa é que estes são os números dos mercados, que demonstram a visão que eles tem de Portugal. Quando estão altos estes números dificultam o acesso ao crédito e obrigam a mais austeridade. Ou seja mais cortes nos nossos salários.

      E isso tem muito a ver com o dia a dia.

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