quinta-feira, 1 de março de 2012

Autarca do Marco de Canaveses destaca "moderação nas despesas" para reduzir a dívida

Autarca do Marco de Canaveses destaca "moderação nas despesas" para reduzir a dívida, ou como se pode facilmente mentir com os dentes todos.

A Câmara do Marco de Canaveses encontra-se entre as que conseguiu de 2009 para 2010 recuperar de resultados negativos para positivos, situação que o autarca Manuel Moreira (PSD) atribuiu a uma gestão com moderação nas despesas.

"Estamos obviamente satisfeitos por o Anuário Financeiro reconhecer o esforço da nossa parte para fazer uma gestão controlada para reduzir o passivo ao longo dos anos", afirmou o autarca. Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, produzido pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e apresentado na terça-feira, a autarquia do Marco de Canaveses conseguiu passar de resultados negativos em 2009 de 37.694.151 euros para resultados positivos em 2010 de 2.734.764 euros.

Estas palavras de Manuel Moreira são totalmente falsas. A passagem de resultados negativos de 2009 para resultados positivos, num diferencial de superior a 40 milhões de euros não se deve a uma gestão com moderação nas despesas.

Se nos dermos ao trabalho de analisar o relatório de gestão de 2010 da Câmara Municipal, podemos verificar que os Fornecimentos e Serviços Externos subiram 970 mil euros, os Custos com Pessoal subiram 218 mil euros, as Transferências e Subsídios Correntes Concedidos e Prestações Sociais subiram 238 mil euros (e ainda bem), e as Amortizações do Exercício subiram 66 mil euros.

Desceram os Outros Custos e Perdas Operacionais em 41 mil euros, os Custos e Perdas Financeiros desceram 570 mil euros, os Custos e Perdas Extraordinárias desceram 923 mil euros, e em especial existiu uma "colossal descida de 40.91 milhões de euros" em provisões de exercício, provocada por uma alteração contabilística.

A alteração na contabilização das provisões deve-se a não ter sido considerado o montante de 40,9 milhões de euros para fazer face ao risco ou contigência de cobrança de dívidas reclamadas judicialmente.

A verdade é que em 2010 a Câmara Municipal considerou que já não iriam pagar nenhuma das dívidas reclamadas judicialmente, mas de facto o que em 2011 aconteceu é que o tribunal voltou a considerar que a Câmara Municipal teria que pagar grande parte das referidas dívidas.

Mas tudo isto nada tem a ver com a alegada gestão das despesas. De facto o despesismo continuou e por muito malabarismo contabilístico que se venha a realizar este despesismo vai ser repercutido nas contas do município. Mas entretanto Manuel Moreira vai enganando os mais incautos e diz mentiras destas.

Mesmo a descida nos custos e perdas financeiras deve-se, segundo o mesmo relatório à "diminuição resultante da crise internacional ao nível dos mercados financeiros que permitiram a descida das taxas de juro indexadas à taxa de referência Euribordo Banco Central Europeu para níveis históricos".

Alguns Marcoenses como Vós continuarão a querer ser enganados, outros não quererão contradizer Manuel Moreira para não serem prejudicados nos seus fracos negócios com a autarquia, outros preferem que Manuel Moreira caia de podre não fazendo nada para que o nosso concelho não continue a sofrer com os seus actos irrresponsáveis, e eu, para que pelo menos fique registado, considero que este político é incompetente, mentiroso e aldrabão.

Para que não seja outra vez injustamente atacado, desafio desde já a que quem não acredite nas minhas afirmações neste post venha cara a cara enfrentar-me e prove que o  aqui não digo não é verdade.

Aos outros o meu desprezo total...


3 comentários:

  1. Moderação nas despesas,deixa-me rir.Não me digam que no Marco o número de desempregados já aumentou outra vez.Terá sido o motorista de sua Ex.cia que ficou desempregado com estas medidas de moderação de despesas?Pobre homem!

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  2. Concordo com o post. Realmente MM não passa de um aldrabão, tagarela e pouco trabalhdor. O Marco necessita de alguém sério, trabalhador e que fale menos do que esse rancoroso e vaidoso gaiense.

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  3. Então para ramalhete final,temos esta vergonhosa escandaleira da suspensão do PDM para legalizar uma obra reconhecidamente ilegal da empresa Nanta,com o mais completo despudor de Manuel Moreira armado em anjinho(para tal só lhe faltam as asinhas),dizendo desconhecer a sua existência e garantindo emviar os fiscais camarários para confirmação de tal atropelo ao PDM.
    Mais acertado andaria Manuel Moreira,se à semelhança daquela estória do prédio da Coopermarco,que se encontra debaixo de hipoteca,mas que Manuel Moreira estaria disposto a requalificar através dum contrato de comodato,se,como então,tivesse dito agora nesta vergonha,desconhecer em absoluto a situação.
    Nada,que talvez não lhe tivesse passado pela cabeça,mas que seria difícil fazer passar à opinião pública,dado estarem envolvidos nesta estória pouco transparente(e como M.M. repetitivamente afirma gostar da transparência)apenas e só dois(2) deputados municipais do partido de sua Ex.cia o Presidente,o PSD.
    Um,que foi o mandante para a execução da obra na mais completa ilegalidade,pois nem dispunha de licenciamento camarário,e por ter total conhecimento,que se tratava de construção em terreno de Reserva Agrícola.
    O outro,que foi o executante,também perfeitamente conhecedor da inexistência do licenciamento camarário e,porventura também da classificação do terreno de Reserva Agrícola,ou não fora já vice-presidente da autarquia marcuense.
    Quem sai perfeitamente desmascarado é aquele,que se tem limitado e aproveitado o tempo de antena da rádio marcuense nas sessões da Assembleia Municipal para denegrir os seus opositores políticos,pois que lhe faltam argumentos para contradizer a verdade dos actos,que lhe são imputados.
    Lamento,que a maioria PSD da assembleia municipal,tenha dado o seu aval à legalização deste atentado ao PDM,co-responsabilizando-se pela lavagem duma situação,que,se não é,parece poder definir-se como um acto de corrupção,a coberto de eventuais benefícios materiais para o concelho.
    Haja decoro!

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