O leitor António Ferreira sobre (in)compatibilidades:
Saber se os “espiões” deveriam ou não declarar se são maçons, foi uma novela que nos entreteve durante semanas chegando um dos partidos do “arco do poder” a entregar um projecto que pretendia estabelecer para os funcionários dos serviços secretos o mesmo regime de declaração de interesses e de incompatibilidades aplicado a titulares de cargos políticos.
No “canal” ao lado o tema era as medidas de austeridade que têm sido pedidas aos portugueses, “sobre os mesmos do costume”, como diz Jerónimo de Sousa. Para este deputado “o sector financeiro vai sair beneficiado, uma vez que o capital financeiro “se mantém intocável e privilegiado”. A propósito sobre este tema, “a Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia admite chumbar a venda do BPN ao BIC, devido às condições em que o Estado se prepara para conceder uma nova linha de financiamento, avaliada em 300 milhões, à instituição. O Governo aceitou avalizar este crédito a custo zero, termos que Bruxelas considera inaceitáveis”. A custo zero, quando nos mercados, o mesmo sistema financeiro, nos impõe condições tão duras!
Seguiu-se as privatizações e o ruído causada com as nomeações para o Conselho Geral da EDP. Para Paulo Morais, “as privatizações, até hoje, têm sido eivadas de uma opacidade quase absoluta. Até hoje houve três privatizações: o BPN foi a vergonha que se viu na nacionalização e agora também na privatização, a alienação do capital da EDP foi um processo completamente opaco, ninguém sabe exactamente o que se passou na transferência do capital que pertencia ao Estado português e que hoje pertence ao Estado chinês, e a própria REN é um processo que está por esclarecer”, acrescentando que considera que a comissão parlamentar de acompanhamento do processo de privatizações está “ferida de morte”, porque todos os seus membros representam interesses, nomeadamente na privatização da EDP, “basta lembrar que nesta comissão o vice-presidente é o deputado Miguel Frasquilho, que pertence ao grupo bancário BES que assessorou os chineses na aquisição. Depois, o advogado Mesquita Nunes, do CDS, pertence ao escritório de advogados que acompanhou a EDP e o Governo neste processo de privatização. O deputado Pedro Pinto é consultor de duas empresas que dependem absolutamente da EDP”.
Pelo meio, um momento de “descompressão” com as declarações sobre as baixas remunerações auferidas que no limite podem não chegar para as despesas, num país em que “cerca de 11% dos trabalhadores por conta de outrem auferiam apenas o salário mínimo em abril do ano passado, revelam os dados mais recentes do Ministério da Solidariedade e Segurança Social” e onde “há cerca de 100 mil pessoas com os ordenados penhorados. (…) Só nas Forças Armadas, há 800 militares com o salário penhorado”.
Durante uns dias iremos ser direccionados para a discussão da grande reforma, a redução do número de freguesias. Para Barbosa de Melo, a prevista redução do número de freguesias em Portugal, “não poupa um tostão ao erário público”., considerando o projecto governamental como “um fator de diversão”. Para este edil, “estamos aqui a criar um fator de diversão da verdadeira discussão e essa sim é que devia ser feita. Os modos de financiamento, as competências, aí é que
nós devíamos estar a perder o nosso tempo a discutir e não neste fator que é relativamente acessório e não poupa um tostão ao erário público”.
Por último as declarações do ex-vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais que afirmou, "o centro de corrupção em Portugal tem sido a Assembleia da República, pela presença de deputados que são, simultaneamente, administradores de empresas". Para PM, o parlamento português "parece mais um verdadeiro escritório de representações, com membros da comissão de obras públicas que trabalham para construtores e da comissão de saúde que trabalham para laboratórios médicos.
E por cá?
Saber se os “espiões” deveriam ou não declarar se são maçons, foi uma novela que nos entreteve durante semanas chegando um dos partidos do “arco do poder” a entregar um projecto que pretendia estabelecer para os funcionários dos serviços secretos o mesmo regime de declaração de interesses e de incompatibilidades aplicado a titulares de cargos políticos.
No “canal” ao lado o tema era as medidas de austeridade que têm sido pedidas aos portugueses, “sobre os mesmos do costume”, como diz Jerónimo de Sousa. Para este deputado “o sector financeiro vai sair beneficiado, uma vez que o capital financeiro “se mantém intocável e privilegiado”. A propósito sobre este tema, “a Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia admite chumbar a venda do BPN ao BIC, devido às condições em que o Estado se prepara para conceder uma nova linha de financiamento, avaliada em 300 milhões, à instituição. O Governo aceitou avalizar este crédito a custo zero, termos que Bruxelas considera inaceitáveis”. A custo zero, quando nos mercados, o mesmo sistema financeiro, nos impõe condições tão duras!
Seguiu-se as privatizações e o ruído causada com as nomeações para o Conselho Geral da EDP. Para Paulo Morais, “as privatizações, até hoje, têm sido eivadas de uma opacidade quase absoluta. Até hoje houve três privatizações: o BPN foi a vergonha que se viu na nacionalização e agora também na privatização, a alienação do capital da EDP foi um processo completamente opaco, ninguém sabe exactamente o que se passou na transferência do capital que pertencia ao Estado português e que hoje pertence ao Estado chinês, e a própria REN é um processo que está por esclarecer”, acrescentando que considera que a comissão parlamentar de acompanhamento do processo de privatizações está “ferida de morte”, porque todos os seus membros representam interesses, nomeadamente na privatização da EDP, “basta lembrar que nesta comissão o vice-presidente é o deputado Miguel Frasquilho, que pertence ao grupo bancário BES que assessorou os chineses na aquisição. Depois, o advogado Mesquita Nunes, do CDS, pertence ao escritório de advogados que acompanhou a EDP e o Governo neste processo de privatização. O deputado Pedro Pinto é consultor de duas empresas que dependem absolutamente da EDP”.
Pelo meio, um momento de “descompressão” com as declarações sobre as baixas remunerações auferidas que no limite podem não chegar para as despesas, num país em que “cerca de 11% dos trabalhadores por conta de outrem auferiam apenas o salário mínimo em abril do ano passado, revelam os dados mais recentes do Ministério da Solidariedade e Segurança Social” e onde “há cerca de 100 mil pessoas com os ordenados penhorados. (…) Só nas Forças Armadas, há 800 militares com o salário penhorado”.
Durante uns dias iremos ser direccionados para a discussão da grande reforma, a redução do número de freguesias. Para Barbosa de Melo, a prevista redução do número de freguesias em Portugal, “não poupa um tostão ao erário público”., considerando o projecto governamental como “um fator de diversão”. Para este edil, “estamos aqui a criar um fator de diversão da verdadeira discussão e essa sim é que devia ser feita. Os modos de financiamento, as competências, aí é que
nós devíamos estar a perder o nosso tempo a discutir e não neste fator que é relativamente acessório e não poupa um tostão ao erário público”.
Por último as declarações do ex-vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais que afirmou, "o centro de corrupção em Portugal tem sido a Assembleia da República, pela presença de deputados que são, simultaneamente, administradores de empresas". Para PM, o parlamento português "parece mais um verdadeiro escritório de representações, com membros da comissão de obras públicas que trabalham para construtores e da comissão de saúde que trabalham para laboratórios médicos.
E por cá?
No tempo chamado da velha senhora a que de modo mais apropriado se deveria chamar do velho senhor,o Povo era entretido com a conhecida política dos 3 efes - Fátima,Fado e Futebol.
ResponderEliminarAgora,na era das telecomunicações,da informática,das redes sociais,etc.,o mesmo Povo passou a ser "enrolado" pelas telenovelas da TVI e da SIC(passe a publicidade),pela maioria dos mass-média controlados pela alta finança e pela necessária colagem às máquinas partidárias,que vieram "modernizar" o já arcaico poder dos 3 efes,que apesar de tudo se mantêm activos.
E por cá a música é a mesma,vira o disco e toca o mesmo.
Por cá?
ResponderEliminarTemos um presidente que decide não impedir umas obras, e antes pelo contrário, promover a suspensão do PDM, para beneficiar uma empresa privada liderada por um deputado municipal. Em causa estarão as obras ilegais realizadas por outro deputado munincipal.
Se continuassemos a estória seria muito mais interessante, e como diria Paulo Morais, quase tão "digna" como na Assembleia da República...