quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Verdade e a Política

A verdade e a política nunca se deram muito bem, e a utilização da mentira ou da omissão por parte dos políticos foi sempre considerado aceitável. No decurso da história todos os que contam a verdade sempre tiveram que enfrentar riscos, umas vezes de ser alvo da troça alheia e outras vezes arriscando a sua própria vida.

Alguns, procuravam a verdade que não incomodava, dizia que os três ângulos do triângulo eram equivalentes a dois ângulos de um quadrado.

Num momento da história mesmo a verdade pode ser apagada totalmente como aconteceu com Trostky durante a revolução russa.

Para outros basta repetir a mesma mentira muitas vezes para os próprios acreditarem que é verdade.

Nenhuma época foi mais tolerante como a nossa quanto a opiniões sobre questões religiosas ou filosóficas, mas se as verdades colidem com o lucro ou os interesses de um determinado grupo são encaradas como hostilidade.

Mas a marca distintiva das verdades de facto é que o seu contrário não é nem o erro, nem a ilusão, nem a opinião que põem em causa a veracidade dos seus defensores, mas a falsidade deliberada, a omissão repetida ou a mentira.

1 comentário:

  1. O Povo na sua simplicidade,costuma dizer que a Verdade é como o azeite,vem sempre à tona da água,quer dizer que acaba sempre por se destacar da Mentira.
    Infelismente,sou e continuo muito céptico,quanto a esta sábia conclusão popular.
    O post do Jorge Valdoleiros,contrapõe a Verdade e a Política.
    Efectivamente,a maioria dos políticos,uns mais,outros menos vezes,usam da retórica,do jogo de palavras,da artimanha verbal,todas manobras mais ou menos recheadas de mentiras,para iludir os seus adversários políticos,em particular e os eleitores,em geral.
    Alguém já testemunhou a confissão pública de algum político,dos seus erros e ilegalidades?
    Realmente estar na política actual,exige uma formação "ética" especial,incompatível com a formação moral da maioria dos cidadãos.
    E para exemplo,bastará recordar as palavras de Paulo Rangel,ex-candidato a secretário-geral do P.S.D.,eurodeputado,quando nas últimas eleições legislativas,afirmou que a Ética deveria ficar à porta da Política.Elucidativo,não?
    Que outras razões poderiam explicar a enorme abstenção,que apresenta valores crescentes de acto para acto eleitoral?
    A desilusão,o desalento da maioria,pela perda da única e enorme oportunidade,que a Revolução de Abril de 74,nos trouxe a todos de viver em Democracia,mas de que uns tantos se apropriaram indevidamente,como propriedade sua,usando-a para a obtenção de benesses e mordomias de toda a espécie,vestindo uma roupagem democrática,a que pomposamente chamaram "Partidos Políticos".

    O Povo já percebeu que afinal em Portugal não temos uma Democracia,mas sim,uma Partidocracia,verdadeira oligarquia,que é a negação completa da genuína Democracia.

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