Todas as noites me recordo de ti,
Menina dos meus olhos moribundos,
E é recordando esses momentos que vivi,
Que adormeço em sonhos profundos.
E quando me sinto fechado,
Entre as paredes dos meus aposentos,
Levanto-me e fico à varanda especado,
Revivendo esses nostálgicos momentos.
Então, quase confundindo sonho com realidade,
Creio ver-te melancólica entre os meus relvados,
Num misto de certeza e leviandade,
Lançares para mim, os teus olhos dilacerados.
Assim fico, durante longo tempo acordado,
Perplexo e atordoado como um louco,
Sem saber, como é possível viver sem ser amado,
Viver assim, separados um do outro.
Mas a noite é acolhedora e misteriosa,
E foi assim que numa dessas noites eu vi,
Um junquilho abraçado a uma rosa,
Acolhendo minhas lágrimas, que por esses momentos verti.
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