terça-feira, 20 de setembro de 2011

Não vejo a hora

Há uns anos a simples ideia da dissolução do que resta da "insularidade" portuguesa, com a independência da Madeira, causava-me estranheza porque sempre nos habituámos a ter ali aquela pitoresca ilha de costumes e personagens estranhos e risíveis. A Madeira estava ali, era caricata, tinha o Alberto João, nós riamo-nos daquilo e estava tudo bem. Hoje não vejo a hora daquilo se tornar independente...
O problema foi quando nos começámos a aperceber que afinal AJJ comprava tudo, fosse através de pressões ou através do escandaloso número de funcionários públicos. Aqui começam os paralelismos com o Marco.
Se andarmos pelo país vamo-nos apercebendo que muitos ainda acham que Avelino Ferreira Torres teve o mérito de, pelo menos, "pôr o Marco no mapa" e ter feito com que o Marco "crescesse". Mais ou menos como AJJ alimentou a ilusão que a Madeira era uma espécie de paraíso turístico e não só, já que ainda tem a a zona franca e um IVA mais baixo do que o continente.
Anos de despesismo, irresponsabilidade e maquilhagem das contas deram nisto, um buraco que parece não ter fim, porque ainda hoje abateu mais um pouco e a coisa já vai em 1900 milhões de euros!
No Marco o buraco não se foi desvendando, foi abrindo mais por causa de uns processos em tribunal, mais umas despesas com pessoal e não só, mas pode-se sempre culpar o passado. Já AJJ não pode culpar o passado, só pode culpar a Maçonaria, o Governo da República, Lisboa, os cubanos, etc... Ao menos AFT e Manuel Moreira estão caladitos, agora que está lá o PSD e o CDS no Governo... Mas acho que José Sócrates ainda terá costas largas para arcar com uns anos de responsabilização...

6 comentários:

  1. Amigo Jaime,cá na nossa Câmara já não há um buraco,o que há é uma gigantesca cratera,a crer na afirmação do Sr.Eng.Jorge Valdoleiros,que tão seguro se sente quanto ao real estado das finanças da autarquia,que ousa mesmo afirmar que está disponível para debater com quem colocar em dúvida o seu diagnóstico,a falência da autarquia.
    Segundo esse marcoense,Eng.Jorge Valdoleiros,a "cratera" já atinge valores de 96 milhões de euros.
    Tal como com o Alberto,à medida que o tempo vai passando,o buraco/desvio vai crescendo.

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  2. A Madeira tem um Jardim e o Marco um Jardinzinho,tantas são as semelhanças.Festas,arraiais,carnavais,foguetórios,almoçaradas,jantaradas,se bem que,reconheça-se,mais pobrezinhas e sempre com a mesma ementa,anho assado e arroz de forno,regado com um verde da Rota dos Verdes.Não haverá poncha,mas em compensação temos uma bagaceira de cinco estalos.
    Lamentável,é a incapacidade de instalar por cá uns "off-shores",que muito jeito dariam para tapar a tal cratera.

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  3. Agora escreve sobre aquilo que lhe mandam Sr.jaimme escrever.

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  4. Caro anónimo, de facto respondi aqui a uma "provocação" do Miguel Fontes e só quem não conhece a nossa relação é que pode achar que ele "mandou" alguma coisa, como diz. Acho que, como suponho não é das minhas (nem das do Miguel) relações, devia cingir-se ao comentário ao que escrevi, porque, de facto, não importa de onde vem o estímulo ou como vem, mas a substância daquilo que é dito.

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  5. Volto a afirmar e a desafiar quem quer que seja que o buraco realmente é de 96 milhões de euros...

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  6. Caro Anónimo das 12:25

    Entendi intervir,não na defesa do meu amigo Jaime Teixeira,que não precisa de "advogados de defesa",nem de "mentores",mas só para lhe dizer, meu caro anónimo,que o Marco está cheio de "papagaios",que só repetem o que M.M.,lhes ensina a dizer,tão limitados são.
    Seria bastante mais interessante,que aqui no espaço deste blogue,explanasse as suas ideias,as suas convicções,começando,por exemplo,por nos dizer a todos nós Marcoenses,se está satisfeito com a gestão autárquica ou,se também é acólito da igreja "O serviço da dívida"?
    Cá ficamos a aguardá-lo.
    Como vê,sou incorrigível,lá lhe lançei uma provocaçãozinha,para que não se sinta descriminado.

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

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