domingo, 4 de setembro de 2011

PSD e CDS criticam o Governo

Esta semana aqueceu com fortes críticas ao actual governo, mas estas não vieram da oposição. As mais fortes e incómodas vieram de figuras destacadas do PSD e do próprio CDS. 

Manuela Ferreira Leite critica medidas do governo para combater o défice. Deu especial realce ao erro de cortar nas despesas da saúde no IRS que pode ter o efeito contrário do pretendido, destimulando a exigência de recibos e facilitando a fuga ao fisco por parte dos médicos. Eu acredito que todos estes aumentos de imposto vão acabar com a medicina privada, pois não me parece que as famílias não se vão dar ao luxo de pagar um serviço pago quando existe ainda um SNS tendencialmente gratuito.

Marques Mendes afirma que mais impostos «é um murro no estômago» e diz que o Governo ainda não lançou uma única medida para relançar a Economia, nem emagrecimento do estado.

O social-democrata Vasco Graça Moura considerou que o aumento de impostos que está a ser levado a cabo pelo Governo PSD/CDS-PP está a traduzir-se “num incomportável sacrifício das classes médias”. 

No CDS-PP, crescem as críticas. Pires de Lima e Lobo Xavier já vieram a público pedir o corte nos gastos do próprio Estado. E no Parlamento houve mesmo quem dissesse ao ministro, cara a cara, que os deputados do CDS-PP estão descontentes com o novo aumento de impostos, anunciado anunciado na quarta-feira por Vítor Gaspar. «Somos e seremos contra o aumento de impostos», avisou João Almeida. 

Entretanto Pedro Passos Coelho anuncia princípio do fim da crise em 2012. Esta afirmação é ridícula quando já se sabe que as principais medidas de austeridade só vão surgir em 2012. Pedro Passos Coelho está a tentar iludir mais uma vez os portugueses, mas agora não estamos em campanha eleitoral e os seus próprios apoiantes aguardam o cumprimento das promessas e não vão ser mais palavras que vão contentar as suas hostes.  

O primeiro-ministro afirmou também que não pretende aumentar a carga fiscal no futuro. Mas não deixou certezas sobre essa matéria, dizendo que ela está dependente de condicionantes externas. E eu não sei a que futuro se refere porque as medidas já anunciadas no plano da troike e as medidas do governo que ainda apontam ir mais longe apontam exactamente o contrário. 

Cá pelo Marco verifico que os responsáveis locais do PSD tiveram um churrasco com bebidas para todos, como se país e o Marco em particular tivessem motivos para festejar. Estou curioso em saber quem Manuel Moreira e Rui Cunha vão desta vez culpar por mais orçamento restritivo para o nosso Município.

3 comentários:

  1. Este Governo PSD/CDS é o ridículo completo e desde já envergonha os sociais-democratas responsáveis,como Manuela Ferreira Leite.
    Quem se estará a rir às gargalhadas é Sócrates.
    Cavaco Silva,emudeceu,acabrunhado pela enorme série de decisões erradas do seu delfim.
    O pobre do Gaspar,já nem sabe como aturar as birras do menino Passos,que quer à viva força provar que pôe as contas em dia,antes da meta estabelecida pela troyka,nem que para isso tenha que desencadear uma convulsão social grave,com as piores consequências para o futuro do país.
    Aguardemos,pois a procissão ainda agora saiu do adro.

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  2. Se fosse só Manuela Ferreira Leite a criticar a política fiscal de Passos Coelho,ainda vá que não vá,dir-se-ia que não era fã de PPC,mas se a esta social-democrata adicionarmos como críticos os conhecidos sociais-democratas Marques Mendes,Vasco Graça Moura,José Duque,Marcelo Rebelo de Sousa e ainda os deputados do CDS Lobo Xavier e João Almeida,concluiremos que não são só os Socialistas e a restante Esquerda,que têm a maior convicção da incapacidade gestora,política até,do imaturo PPC,que em má hora,como um verdadeiro vendedor de banha de cobra à maneira antiga,conseguiu lograr os eleitores sociais-democratas do PSD.
    Fácil é governar,impondo os maiores sacrifícios aos Portugueses carregando-os de impostos e mais impostos,difícil é realmente explicar as verdadeiras razões da necessidade de tal sobrecarga fiscal.
    A velha estória da dívida soberana,atribuida na totalidade a Sócrates,é estória,que já não ilude mais aqueles,que PPC desrespeitou nas suas capacidades intelectuais,pois tansos,tansos,só mesmo os que continuam a ser seguidistas acéfalos de PPC.
    Dívida,que afinal,como já se confirmou,contém omissões e erros graves de gestão de socialistas e sociais-democratas(governos regionais da Madeira e Açores,autarquias municipais fortemente endividadas,empresas público-privadas idem,etc..
    Só da responsabilidade de Alberto João Jardim,o conhecido "ditador" da Madeira,existe um buraco de apenas 500 milhões de euros,que ainda por cima,o irascível social-democrata,considera não ser da sua responsabilidade esse "buraco",mas também,imagine-se de quem,de Sócrates.
    Se o ridículo matasse,há muito que Jardim era defunto,mas o Povo na Madeira,também gosta e muito de carnaval,arraiais,festas e festinhas,da poncha e do verdelho.
    E depois,sabem quem é o maior empregador na Madeira?
    Não? O Alberto João.
    Esta estória da Madeira até me faz lembrar o Marco,tem muitas semelhanças,não tem?

    Miguel Fontes

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  3. Rui Rio,presidente da Câmara Municipal do Porto,conhecido e prestigiado social-democrata,também não poupou Passos Coelho hoje à noite na RTP-N.
    Pobre moço e imaturo político,são uns atrás dos outros,as figuras sociais-democratas a criticá-lo.
    Que mais lhe acontecerá?Portas pedir o "divórcio"?
    Sugiro ao Miguel Fontes,que anexe o nome de Rui Rio à já interessante listagem de personalidades sociais-democratas,que repudiam a política de subida contínua de impostos,conhecida há muitos anos pela política de merceeiro.
    Chega-me agora a informação que António Barreto também se mostra desagradado com PPC por este desaforo nos impostos e nas pensões.
    Começo,como bom cristão,que me prezo de ser,a apiedar-me de PPC.
    Pobre moço,não merecia que tantos sociais-democratas de reconhecido prestígio dentro do PSD,lhe retirassem o seu apoio.

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