sexta-feira, 3 de junho de 2011

Domingo vamos votar … e segunda voltamos à realidade

Domingo os Portugueses terão que escolher quem vai ter a responsabilidade de liderar um governo que nas próximas semanas terá tarefas muito difíceis para realizar.

A troika obrigou os principais partidos a concordarem com um memorando bastante detalhado com as metas que terão de ser atingidas nos próximos tempos, sem o qual o FMI e a EU não emprestarão os euros necessários para que Portugal possa enfrentar os compromissos que os nossos governantes foram realizando nos últimos 25 a 30 anos.

Os próximos governantes terão que mudar de drasticamente de política até que os Mercados voltem a confiar em Portugal e com isso obtenhamos de novo a independência económica.

Estranhamente os principais partidos nesta campanha pouco esclareceram como iriam conduzir a implementação deste memorando, e nos poucos pontos em que se atreveram a discutir notou-se de imediato grandes diferenças de interpretação do que foi aprovado.

Mas caberá só a nós a responsabilidade pela escolha do Partido que no nosso entendimento esteja mais preparado para essa tarefa.

Será que a maioria de nós compreende o que está em causa?

Será que fomos suficientemente esclarecidos das alternativas que temos para o nosso futuro próximo?

Teremos tido a preocupação de procurar as respostas às nossas dúvidas?

Ou simplesmente, e mais uma vez, optamos por acreditar nas muitas promessas que nos foram sendo realizadas ao longo das últimas semanas?

Certo é que seremos nós a suportar as consequências das nossas escolhas e não teremos as mesmas facilidades que usufruímos nos últimos anos.

Segunda-feira um português terá sobre os seus ombros as responsabilidade de garantir o cumprimento do memorando sem o qual não virá dinheiro do FMI ou da EU. Mas também terá a responsabilidade de cumprir as promessas que foi realizando nesta campanha.

Quem estiver atento à situação económica mundial e em especial da Europa perceberá que vão ser tempos difíceis. Saberá que para vencermos teremos que ser mais fortes, mais trabalhadores e mais competentes do que nunca antes fomos. Mesmo assim dependeremos da conjuntura, pelo que vamos ter que esperar que os restantes países cumpram também o seu papel.

Assim, desejo que o voto dos portugueses nos permita a melhor escolha para que se consiga ganhar este desafio.

1 comentário:

  1. Está acabar o chamado dia de reflexão,intervalo de tempo,que poderá proporcionar a alguns indecisos,qual o partido que acabará por merecer o seu voto.
    Por mim,habituado que estou a decidir a minha vida de modo atempado e organizado,e ainda mais convicto,que as campanhas eleitorais não servem geralmente os interesses dos cidadãos,da colectividade,antes dos aparelhos partidários,que mais não são que grupos de cidadãos comprometidos,ou dispostos a comprometerem-se com interesses,que não dignificam os valores da Democracia,não precisei deste dia de reflexão para há muito tempo ter decidido da minha forma de votar.
    Teria sido necessário para mudar a minha decisão,ter assistido a uma campanha de seriedade,honesta,sem ataques soezes entre candidatos,com elevação e,muito em especial,com a declarada intenção de esclarecer os eleitores dos seus programas governativos e do modo como tencionavam executá-los.Tal não aconteceu.
    Pelo contrário,a nossa classe política demostrou-me mais uma vez,que a sua exclusiva preocupação é garantir o Poder e para isso dispuseram-se às cenas mais grotescas e mais ridículas na caça ao voto,proferiram promessas e mais promessas,perfeitamente cientes do seu futuro incumprimento,convencidos que poderão continuar impunememte a enganar o eleitorado.
    Assitimos a ataques entre partidos,que defendem a mesma filosofia política,ataques entre partidos de direita,ataques entre partidos de esquerda,ataques entre direita e esquerda e todos quase nada preocupados em esclarecer os problemas de Portugal,as suas razões,as suas origens,as suas soluções.
    Cada vez me convenço mais que Homens,como Nuno Álvares Pereira,como D.João,Mestre de Aviz,como o Duque de Bragança,figuras que se preocuparam em servir de modo desinteressado a Pátria em perigo,que não obscuros interesses,foram neste Portugal,as honrosas excepções à regra geral.

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