domingo, 19 de junho de 2011

Os melhores entre os melhores (I)

Paulo Portas na campanha eleitoral afirmou que Portugal precisava de um Governo forte e de um Governo dos melhores entre os melhores.

Pedro Passos Coelho prometeu um governo só com 10 Ministros (ou Ministérios).

De facto temos agora um governo de onze Ministros (mais ou menos um é irrelevante), o que são muitos menos Ministros do que nos governos anteriores o que para mim pode não ser uma vantagem. O que de resto é importante apurar é se este governo é forte e é constituído pelos melhores dos melhores.

É também um governo bastante jovem onde o Ministro com menos idade é Assunção Cristas, com 36 anos. Uma das duas únicas mulheres, casada com três filhos (não percebo a importância destes dados para o seu perfil), pouca experiência política e profissional, e apresenta-se como professora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

É um dos seis ministros Licenciados em Direito, um dos três elementos atribuídos ao CDS-PP e pelo menos um dos quatro nomes que foram segunda escolha.

Pessoalmente, não percebo qual a experiência que Assunção Cristas tem na Agricultura, no Ambiente, no Mar ou no Ordenamento do Território.

Pedro Mota Soares com 37 anos é o segundo Ministro mais jovem e é o típico profissional da política sem nenhuma experiência fora desta área que fez a sua “carreira” subindo todos os degraus do CDS até chegar a este lugar.

Mais um Licenciado em Direito.

Sabemos que defende o plafonamento das pensões e pretende que os descontos para a Segurança Social pública apenas incidam sobre um valor do salário equivalente a seis salários mínimos.

Por estas posições e até pela sua idade tenho alguma preocupação como irá lidar com os problemas da Segurança Social.

A terceira e ultima pasta do CDS-PP será o Ministério dos Negócios Estrangeiros que ficará entregue a Paulo Portas.

Bem entregue, mas existirá sempre a sombra das compras dos submarinos. Este caso, envolto numa teia de ligações em que a corrupção já não é só uma suspeita, poderá mais tarde ou mais cedo embaraçar este governo que apresenta como uma das suas principais bandeiras a Transparência.

No plano interno, não sei como Paulo Portas pretende conciliar o controlo do seu Partido, o apoio a Pedro Passos Coelho e as constantes ausências no estrangeiro a que vai ser obrigado.

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