segunda-feira, 20 de junho de 2011

A primeira lição de Pedro Passos Coelho

Ainda antes de ser oficialmente Primeiro – Ministro, Pedro Passos Coelho terá recebido hoje na Assembleia da República a sua primeira lição com a dupla recusa do nome de Fernando Nobre para Presidente da Assembleia da República.

Acredito que esta lição terá sido positiva para Passos Coelho pois num assunto de menor importância terá percebido finalmente que o PSD não obteve a maioria nas últimas eleições e que precisa de mostrar capacidade de diálogo com os outros partidos, a começar pelo CDS-PP.

Mostrou também que na sua própria bancada poderão existir deputados que não votem sempre favoravelmente todas as suas decisões.

Esta lição é importante pois nas próximas semanas será necessário que exista um consenso na coligação governamental, e talvez no PS, para que algumas das mais duras medidas possam ser rapidamente executadas.

Será uma lição a recordar daqui a alguns meses quando a sua popularidade começar a cair face às medidas extremamente antipopulares que terão que ser tomadas.

Quanto a Fernando Nobre até fico contente que se mantenha como deputado quebrando mais uma das várias promessas que fez ao eleitorado português. Para muitos ele apresentava a imagem oposta aos muitos maus políticos que existem neste país, mas afinal é igual a todos aqueles que tanto criticava. É bom que os portugueses deixem de acreditar em todo aquele que lhes aparece com discursos moralistas e de crítica fácil a quem está no poder.

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4 comentários:

  1. Cá se fazem,cá se pagam.Vamos esperar pelos próximos episódios.A novela sebastinista começou bem.Já temos uma primeira vítima do novo Alcácer-Quibir.

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  2. Bom isto começa a ser um mau prenúncio para os laranjas, então são todos de palavra, e ainda não assentaram a poeira e já estão a mentir aos eleitorados, primeiro era um governo só com dez ministros, afinal são doze depois o Nobre dizia que se não fosse presidente da assembleia não exercia cargo nenhum, agora já vai exercer, a maioria dos ministros são terceiras quartas escolhas, vamos ver o que isto vai dar, agora parece que já não há crise tudo é um mar de laranja, a ver vamos quando começar os calos apertar é que vão ser elas, seguem-se senas dos próximos capítulos

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  3. A norma habitual é a crítica negativa da nossa classe política.
    Passos Coelho,não fora um "profissional carreirista" dessa classe e teria justificadas desculpas para a patetice do convite a Fernando Nobre.
    Não contente com tal deslize,logo redondamente reprovado por milhares e milhares de eleitores do próprio PSD,cuja memória teria registado não só o facto de Nobre ter chegado a ser candidato do Bloco de Esquerda (imperdoável),mas também pelos registos,que Nobre fez de Cavaco Silva durante a campanha para as presidenciais,vem colocar "a cereja no topo do bolo" ao insistir na indicação do nome daquele para,imagine-se só,ocupar o SEGUNDO maior cargo político deste país.
    Trágico-comédia,que dadas as personagens em questão,daria matéria para uma excelente obra de Eça de Queirós,se vivo fosse.

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  4. Excluindo o convite para presidir à AR, PPC ao apostar em Nobre conseguiu alguns votos que de outra forma seriam distribuídos pelos diversos partidos. FN ao aceitar o lugar estava provavelmente a olhar para o Palácio de Belém. Ao ser afastado da cadeira da presidência da AR, Belém fica fora do seu rumo e PPC ficou com o caminho livre para apoiar um outro candidato a Belém em quem o PSD se reveja. Uma opinião!

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