Álvaro Santos Pereira leccionava as disciplinas de Desenvolvimento Económico e Política Económica na Simon Fraser University, no Canadá, e assumiu as pasta da Economia, do Emprego, das Obras Públicas e da Telecomunicações, como mais um “independente”.
Era colunista de vários órgãos de comunicação social, desde 2001, entre os quais o Diário Económico e era ainda autor do blogue Desmitos.
Disse recentemente que não valeria a pena ter o PSD no poder “se for para fazer mais do mesmo”. É contra projectos como o TGV e as Parcerias Público Privadas (PPP) e a favor da diminuição da taxa social única e do aumento dos impostos sobre o consumo.
Já declarou a economia nacional “esclerótica”. [Ou seja, a parte branca, externa e visível do olho humano, mas também pode significar “endurecimento” pois a palavra esclerose, tem sua origem no Grego SKLEROSIS !]
Carvalho das Silva, da CGTP, disse aqui, que a sua primeira impressão sobre este ministro foi uma “não impressão”.
Na minha opinião, mais do que um super-ministro temos um ministro com um conjunto de super problemas para resolver para os quais no passado recente ele já apresentou uma data de super “soluções”, mas terá estado de certo super optimista ao aceitar estes super ministérios.
Nem o facto de ter 6 Secretários de Estado de um total de 35 Secretários de Estado do Governo (mais do que um sexto do total), facilitará a gestão de tantos dossiers.
Esta semana começou com a paragem das obras no Túnel do Marão que poderá levar ao despedimento de 1400 trabalhadores. Hoje, o Ministro do Fomento de Espanha quer uma reunião com Álvaro Santos Pereira “para clarificar o futuro dos projectos que tínhamos em comum e saber se esta é uma decisão definitiva ou um adiamento, o que, sem qualquer dúvida, condicionaria o que previmos fazer em Espanha”.
Assim se parar as Obras Públicas, poderá ajudar as Finanças, mas seguramente aumentará o Desemprego e afectará negativamente a Economia.
Mas pelo que eu sei é um Neo-Liberal convicto, que coloca em causa Keynes, considerando que a Economia funciona bem sozinha, e que mais cedo ou mais tarde o problema do Emprego se resolverá por ele. Assim só espero que Álvaro Santos Pereira tenha razão, mas que tenha razão rapidamente, porque se as Obras Públicas pararem um dos concelhos do país mais afectado pelo desemprego será o Marco.
Presumo que vá certamente voltar a ensinar a cadeira de Finanças Públicas, mas não creio que no Canadá, acho que ficará pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Mas agora com o subtítulo: "Como Arruinar um País"!! - esperemos que eu esteja enganada...
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