sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Água inquinada é um problema político"

A Autoridade de Saúde Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Tâmega diz que o consumo de água inquinada, que estará a ser feita por cerca de 10 mil habitantes do Marco de Canaveses devido à ausência de rede pública, "é um problema político e económico e não da ACES".

O JN noticiou, quarta-feira, que as redes de abastecimento de água e de tratamento de esgotos no concelho não chegam sequer a metade dos residentes: a distribuição de água andará pelos 40% e o saneamento chegará aos 30%.

Segundo a Câmara, as freguesias de Vila Boa de Quires, Maureles, Toutosa, Santo Isidoro, Torrão e Várzea do Douro "registam as situações mais problemáticas no domínio ambiental".

O médico Almeida Pereira, autoridade de saúde para o Tâmega, diz que não tem competências para intervir no domínio privado.
 
"Se um restaurante estiver a usar agua imprópria posso a intervir por intermédio da Câmara e não a pedido de um particular. Não posso estar a usar dinheiro público em análises quando não se sabe se a água tem condições para ser consumida ou não", diz.

Ainda assim, o clínico não soube informar se os privados que prestam serviço público, casos de cafés e restaurantes, entre outros, estão de acordo com a lei, ou seja, se a água que usam é potável. "É uma pergunta que não me compete responder", realça, sugerindo que seja o poder político a pronunciar-se.

"São problemas de saúde pública. Mas mais do que levantar problemas pergunto qual a solução? Quero é que me apresentem soluções para isto. Qualquer pessoa que bebe água não controlada está a correr riscos", explica.

A verdade é que a situação deverá arrastar-se por tempo indeterminado, por causa do diferendo existente quanto à concessão das redes de água e de saneamento à empresa Águas do Marco. O caso seguiu para os tribunais. A concessão está em gestão corrente. Não há investimentos de fundo. E os riscos variam: podem causar " uma simples gastroenterite ou um cancro".

Esta é cópia de mais uma notícia sobre este assunto que saiu no JN e que pode ser lida aqui.

As acusações e denúncias são cada vez mais fortes e já se assume que estamos a falar de um caso de saúde pública. A possibilidade de intervenção da ACES neste caso passa pelo pedido da Câmara!

Mais uma vez pergunto se os autarcas eleitos vão permitir que esta situção continue durante mais tempo? Se existir algum cidadão que venha a sofrer de uma doença grave de quem será a responsabilidade dessa situação? Qual é a responsabilidade política de Manuel Moreira permitir que este problema se "arraste" há seis anos? Qual a responsabilidade dos vários Presidentes de Junta que continuam a apoiar um executitvo incompetente para encontrar soluções?

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