Analisando friamente devemos perceber que dada a gravidade da crise global, europeia e nacional não restava outra opção ao Governo senão actuar cortando a direito na despesa. Pessoalmente sempre fui a favor que o Estado corte nas despesas antes de aumentar os impostos, quer na política nacional, quer na política local. Não se podia continuar a pedir dinheiro emprestado para se pagar a despesa corrente.
O corte nos salários mais elevados da Função Pública impunha-se há muito, e na verdade é quem ocupa cargos de chefia que tem sido responsáveis por permitir (ou contribuir) que existam más políticas orçamentais no Estado. Quem me conhece sabe que sempre disse que cada um de nós deve dizer a quem está ao nosso lado que tem que gerir bem o dinheiro de todos. Quando se é "chefe" a responsabilidade aumenta.
Igualmente as medidas de congelamento de promoções, de progressões na carreira e de admissões seriam inevitáveis. A redução do número de contratados era igualmente esperada.
Não fazia sentido nenhuma a manutenção dos actuais valores de ajudas de custos, a manutenção das horas extraordinárias, a acumulação de funções e de vencimentos públicos com pensões. Tudo isto já tinha sido várias vezes alvo de críticas pela sociedade civil.
Os cortes no RSI, ou pelo menos um controlo maior já estava na prática a ser realizado, e são justos. Esse pedido estava a ser realizado por vários sectores e era esperado que se concretizasse numa situação de aperto orçamental.
Cortar abonos onde eles não são imprescindíveis é uma questão de lógica. Porque é que o estado tem que tirar com uma mão para vir dar aos mesmos com outra?
Controlar a despesa no SNS era necessário, pois este é um dos grandes sorvedouros dos dinheiros públicos. O desafio é gerir melhor os recursos sem por em causa os níveis de qualidade da prestação dos serviços.
Redução das despesas com a frota automóvel é imperativo e justo. Não se podem manter as mordomias de alguns à custa dos impostos de todos.
Os cortes nas transferências para as Câmaras, Regiões e serviços autónomos era inevitável, porque todos teriam que apertar o cinto. Porque é que alguns dos principais responsáveis do descalabro das contas públicas deveriam ficar isentos de sacrifícios?
E agora como é que no nosso concelho se ajustarão as políticas orçamentais perante esta nova realidade, de forte corte nas despesas, que tanto foi exigido por Pedro Passos Coelho e os seus pares?
Olá!
ResponderEliminarEste é o primeiro ataque.Agora, para caçar Passos coelho, o IVA vai para o 22% e, com isro, o Dr. Passos Coelho já vem todo contente, fazendo crer aos seus lacaios que afinal se não fosse ele, o IVA seria 23% e não 22% como vai acontecer. Pura tática política, canalhices. Depoism em Dezembro de 2010, Janeiro de 2011, é a vez das reformas terem um redução. Depois disto, irá ver-se o que se segue. Mas a desgraça para o povo honesto deste País vai continuar.Garanto.
Estas decisões governamentais,em especial a redução das verbas a atribuir às autarquias municipais,vão permitir a Manuel Moreira ter um excelente alibi,para mascarar a sua gestão despesista e incompetente,argumentando que não fez obra por não ter dinheiro.
ResponderEliminarCom a sua reconhecida retórica de profissional da política,traquejado por longos anos dessa prática,não deixará de repetidamente usar tal argumentação,justificativa no seu entender do seu fraco desempenho à frente dos destinos da nossa autarquia.
A não ser que aproveite a oportunidade,para se redimir aos olhos de quantos criticam a sua política de atribuição de subsídios,muitas das vezes com critérios discutíveis e justificar-se perante os inúmeros beneficiários da sua magnânima política de atribuição de subsídios,da agora manifesta impossibilidade de continuar a concedê-los,apenas e só,porque Sócrates lhe cortou as verbas.
Logo veremos.
Caro David Santos
ResponderEliminarEu estive a dar a minha opinião nos cortes da despesa, e muitos deles considerei inevitáveis neste momento. Já agora considero que são mais importantes os cortes estruturais, tais como a redução do pessoal e extinção ou função de organismos. E faltariam muitos mais cortes estruturais que neste momento para se obterem resultados rápidos não é possível. Mas dou exemplos que alguns que estão a ser já a ser realizados. Uma rede hospital mais realista e na minha opinião de melhor qualidade e mais barata, uma rede escolar menos "distribuida" e mais uma vez de melhor qualidade e mais barata, etc.
Sobre a parte da receita, eu defendo que neste momento não existe alternativa, mas era desejável que rapidamente se diminuisse o IVA.
Este aumento é um aumento com que é fácil de obter resultados e infelizmente já foi utilizado por Cavaco Silva, Durão Barroso e agora José Sócrates.
Mas para se diminuirem impostos é necessário cortar antes muita despesa, ou não é?
Sou frontalmente a favor da existência de qualquer SCUT, sem excepção incluido a Via do Infante. Sou frontalmente contra a quantidade de subsídios ou de benefícios fiscais que existem. E na minha opinião deviam ser repensados.
E considero que se não se realizarem uma verdadeira restruturação do Estado a solução continuará a ser aumentar os impostos.
Mas deixo uma pergunta. Qual foi o Primeiro Ministro que fez mais reformas do que José Sócrates? Não me recordo de ninguém.
É muito fácil governar em expansão económica, com milhões de euros a chegar todos dias da UE, sem ter um Mercado Aberto e por consequência com a concorrência directa de paises como a China, Índia, Indonésia, Paquistão, etc.
É muito fácil governar quando se tem os cofres cheios.
Sócrates fez erros e serei o primeiro a apontar alguns, mas para um governo minoritário que herdou o país de Santana Lopes (lembram-se da opinião de Cavaco sobre esse governante?), e que enfrenta uma crise global e europeia fortissima está a portar-se bem.
Não está, por exemplo, sempre a recordar o passado, como alguns na nossa terra, e comparando com o brilhante modelo que toda a direita dava como exemplo há poucos meses, A IRLANDA, estamos um pouco melhor.
Os nossos prováveis 7,3% de défice (pouco acima do que Santana noutras condições deixou o país), não se comparam com os assumidos 32% (digo TRINTA E DOIS) de défice que a IRLANDA vai ter este ano.
Sejamos sérios e sobretudo realistas.
Caro Miguel
ResponderEliminarNão se preocupe por duas coisas:
A primeira é que estaremos cá para recordar os gastos em festas e comemorações, em despesas com advogados na ordem de centenas de milhares de euros quando existem juristas na nossa Câmara (na minha opinião mais competentes), as despesas em consultores externos quando temos técnicos especializados, em almoços, em jantares, em viagens e deslocações. E sobretudo na deslocação diária no seu AUDI A6 com motorista particular entre a cidade de Gaia e a cidade do Marco.
A segunda é que conheço bem quem anda á volta de Manuel Moreira (talvez melhor do que ele) e quando se acabar o dinheiro vão todos virar-lhe as costas. Quer apostar?
Quando o barco começa a afundar, mesmo antes do capitão se aperceber existem outras criaturas que procuram salvar a pele. E acredite que já se viram criaturas dessas a passar a correr para bem longe do seu ex-capitão.
Senhor Jorge Valdoleiros,julgo que o senhor estará mal informado quanto à localidade actual de residência do Senhor Presidente.Julgo,repito,tratar-se da cidade do Porto.
ResponderEliminarConfirme se assim o entender,não vá dar-se o caso de vir a ser acusado de propalar mentiras.
Só por coincidencia ou talves não, já vimos nas ultimas semanas duas dessas criaturas que muito contribuiram para a reeleição do Sr dr Manuel Moreira, atreves do blog marco 2009, com a mensagem do voto util, a desaparecerem de sena, talves por não poderem dizer aquilo que lhes vai na alma.
ResponderEliminarCaro Anónimo, companheiro destas lides na blogosfera marcoense.
ResponderEliminarMeu caro,a falta de coerência ou se quiser,a dôr da alma,cada um toma a que quer.
Afinal,e felizmente,o meu amigo colocou o dedo na ferida,ao afirmar que o eleitorado marcoense,se deixou manipular pela treta do voto útil.
Voto,que de útil nada teve para o bem do nosso Marco (o futuro confirmou-o de modo exuberante),pois teria sido suficiente uma análise, mesmo que superficial,da gestão do homem que se recandidatava,para concluirmos que aos mentores do voto útil faltou apenas dizer aos eleitores do Marco,que se tratava da escolha do menor de dois males,desviando as suas atenções daqueles,estes sim,que poderiam ajudar colocar o nosso Marco no lugar que merece.
Porém,meu caro Anónimo,a sua coragem e a sua frontalidade minguaram,que não a inteligência e o sentido do oportunismo partidário.
Como de habitual na vida política portuguesa (e a do nosso Marco não foge à regra),penalizam-se aqueles a quem os políticos dizem servir,ou seja,com uma retórica refinada,enrola-se o "parolo",em prol da aquisição de penachos e,porque não,de benesses materiais.
Caro Amigo Anónimo das 1:29
ResponderEliminarPosso ter errado na Cidade, mas Gaia ou Porto para o facto de se abusar da viatura oficial para mim é igual. Até poderia ser em Rio de Galinhas. A utilização da viatura e do seu motorista, sobretudo na situação actual do concelho, para tudo e para nada é um autêntico escândalo.
De qualquer modo realmente não estava a mentir. Estava simplesmente enganado, pois de facto julgava que MM vivia em Gaia. Podia confirmar por alguns amigos, mas não é informação que valha a pena perder tempo a procurar. Além disso a morada de MM é uma questão pessoal do mesmo. Só me preocupa que a viatura e o motorista, que são pagos com os nossos impostos, estejam a ser usados abusivamente. E depois não existe dinheiro para realizar obra.
Caro Anónimo das 15:44
ResponderEliminarO desaparecimento de cena de Coutinho Ribeiro e José Carlos Pereira, poderá ter muitas razões. Gostaria de os ter aqui na blogsfera Marcoenses para ter as suas opiniões, fossem ou não coincidentes com as minhas.
Ainda não estive depois das eleições com CR, mas gostaria de "debater calmamente e em particular" com ele algumas das suas opções, respeitando contudo as suas escolhas. Mais curioso estou em "perceber" se foi só as razões que ele apresentou publicamente que provocaram o seu afastamento.
O mesmo poderia dizer de JCP, mas neste caso, os laços de amizade são unicamente virtuais. Não tive o prazer de privar com JCP, como tive com CR enquanto as nossas vidas nos permitiu.