sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Justiça Elementar

Eu trabalho há 11 anos em Valongo. Há 11 anos que pago portagem TODOS os dias. Pessoas de Matosinhos, Paços de Ferreira, Vila do Conde, do Algarve, etc., iam para o trabalho todos os dias sem pagar um tostão em portagens. Qual é a dúvida? O facto de se chamarem SCUTS? Passem a outro nome! Paguem porque não são mais do que nós.

5 comentários:

  1. Meu caro não é por nós ter-mos que pagar que os outros também têm, por causa disso é que somos o país que somos, somos todos uma cambada de invejosos, não podemos ver os outros com nada. Eu sei que está a defender o seu partido, mas o justo era ser em todo o país, e não apenas no Norte.

    ResponderEliminar
  2. Caro anónimo,
    Se todos contribuíssem com os seus impostos, provavelmente a situação económica deste país, que é nosso, fosse melhor. Pagar impostos deve ser visto como um acto de cidadania, tal como o é, por exemplo, reclamar um melhor e mais eficaz sistema de saúde ou de abastecimento de água.
    Enquanto vingar o conceito que “esperto” é aquele que consegue furtar-se às suas obrigações não vamos a lado nenhum. Exigir que todos paguem o que utilizam, não é próprio de “uma cambada de invejosos”, mas o exercício de um acto cívico. Se todos contribuírem, provavelmente aqueles que nunca se furtaram aos seus compromissos passem a pagar um pouco menos e todos passem a viver um pouco melhor.

    ResponderEliminar
  3. Tenho lido, na Imprensa, alguns depoimentos de utentes das estradas com portagem
    que, em alguns casos, elucidam como a questão das portagens escamoteia outras.
    Dou exemplos :
    Um jovem estudante da Maia, que frequenta, em horário diurno, uma escola superior na Senhora da Hora e diz que tem de ir de carro e usar uma via com portagem, pois não tem alternativa. Será que o jovem não conhece os transportes urbanos (que na área urbana do Porto funcionam bem melhor que em Lisboa)...
    Um professor residente em Ermesinde que dá aulas em Paredes,logo, tem de ir de carro. Ainda não descobriu os comboios..
    Um consultor de empresas que mora em Aveiro e lá vem de carro para o Porto. Outro que não sabe que a rede dos comboios urbanos do Porto chega a Aveiro e o bilhete custa menos de 3 euros.
    Compreendo que empresas de transporte e distribuição ou outras, quem trabalha em horários anómalos (turnos, etc)se sintam penalizadas com as portagens e todos soframos com o aumento de preços de produtos a isso associados.
    Mas protestos de cidadãos que, podendo usar transportes públicos, não o fazem, tenho alguma dificuldade em os perceber.
    E não digam que "não há horário compatível": em www.cp.pt fácilmente se percebe como a rede urbana do Porto tem muitas soluções...
    Há que fazer uma pedagogia em defesa do transporte público, em tempo de crise.
    Eu, pessoalmente, com 53 anos, nunca conduzi nem tenho viatura e isso não me tem impedido de trabalhar em qualquer local. Ainda agora, faço, semanalmente, mais de 500 km, em trabalho, sempre em transportes públicos. Sou dos "felizes" que não pagam portagens (pelo menos directamente)...

    ResponderEliminar
  4. Caro Anónimo das 9:43

    TODOS tem que pagar o que utilizam, as várias taxas legais e os impostos que são decididos democraticamente. Não é uma questão de invejas, é uma questão de justiça.

    Agora não percebi que o Jaime estivesse a defender qualquer partido, muito menos o dele. Se fosse o caso não estaria a ser tão peremptório a defender os pagamentos das portagens para TODOS.

    Mas no fim não percebi se defendia que era justo todos pagarem as portagens ou não.

    Na guerra Norte-Sul colocada em cima da mesa muitas vezes justificando que no Norte se vai pagar e no Sul não tenho visto muita ignorância. Dou dois exemplos: A A1, A2, A5, A8, A9 entre outras pagam-se portagens; Na Ponte 25 de Abril e na Ponte Vasco da Gama sempre se pagaram portagens, ao contrário de nas quatro pontes do Porto.

    Claro que eu defendo que TODOS paguem igualmente TODOS os tipos de portagens, não precisamos é de ser faciosos ou entrar em guerras sem sentido.

    ResponderEliminar
  5. Pois é aquela máxima que diz, para mim quero "Chuva no nabal e sol na eira".
    Abel Ribeiro pôe o dedo na ferida.O novo-riquismo dos Portugueses impede-os de utilizar os transportes colectivos.
    O ACP(Automóvel Clube de Portugal)efectuou já por duas vezes,um inquérito aos automobilistas que demandam Lisboa,de manhã em corrida para os seus empregos.Nesses inquéritos o ACP colocava,entre outras,a seguinte questão:- Sr.condutor,se dispusesse de transportes colectivos,rápidos,pontuais,higiénicos,frequentes,deixava de utilizar o seu automóvel?Bastante mais de 50% dos condutores responderam "de modo nenhum".Elucidativo.

    ResponderEliminar