sábado, 2 de outubro de 2010

Virar a Mesa

Estamos numa altura histórica, por várias razões. Algumas más. Basta olhar para a gravíssima situação financeira, social e até de imagem do Marco. Veja-se por exemplo que já se fala que um concelho vizinho pode usar as verbas do QREN que o executivo marcoense não "soube" usar...
Tudo isto é muito mau, mas pode ter um lado bom, a Liberdade!
Pensem comigo, a Câmara tem duas formas de pressionar. Primeiro a activa, atribuindo subsídios às associações que se "portem bem", que andem perto do Poder, que ajudem a promover a imagem do Presidente e dos seus vereadores, dando-lhes palco e microfone. Este tipo de pressão atinge também orgãos de informação, clubes desportivos, até grupos de empresários que podem beneficiar do beneplácito se andarem na linha. O problema é que não havendo dinheiro, a Câmara bem pode deliberar atribuir este ou aquele subsídio, mas nunca o chega a dar, por falta de liquidez!
Grande oportunidade para todos se liberarem, darem um grito de ipiranga cívico e dizerem-lhes que já não mandam!
Resta assim só a pressão passiva, adiando durante meses decisões que são importantes para as empresas, podendo mesmo levá-las à falência ou lá perto, mas isso é outra questão, não sei se mais grave.

6 comentários:

  1. As empresas do Marco fornecedoras da Câmara já começaram a perceber.
    O dinheirinho não vai chegar sequer para algumas obras já executadas, quanto mais para as promessas de subsidios para tudo e mais alguma coisa.

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  2. Caro anónimo

    O mais engraçado é que existem umas empresas da nossa praça quem tem umas dívidas que o actual executivo não as reconheceu contabilisticamente, apesar de admitir que existem, e que estão à espera "sentados" que lhes sejam pagas.

    As promessas realizadas antes das eleições, quando já se sabia que a situação financeira não era a melhor, só acreditou quem quis.

    Agora quem fornece à Câmara, hoje, pode estar a arranjar um problema.

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  3. Quase me apetecia parafrasear o grande Vitorino Nemésio,"se bem me lembro",Manuel Moreira "gabou-se" que a Câmara agora era uma pessoa de bem,cumpria as suas obrigações para com os seus credores.
    Não foi é capaz de explicar que se referia aos novos e mais recentes credores.
    Os antigos e maiores credores,continuam a ver o dinheiro por um canudo,ou então,para receberem aquilo a que legitimamente têm direito vão para tribunal e este acaba a penhorar receitas da Câmara,como recentemente aconteceu com as verbas do IMI(são só um milhão e quinhentos mil euros).
    E Manuel Moreira quando acareado com estas situações,como aconteceu na última assembleia municipal,pelo deputado do P.S.João Valdoleiros e segundo o relato que me foi feito,não encontrando explicação cabal para as preocupações que lhe foram dirigidas por aquele deputado do P.S.,preferiu optar por um discurso evasivo,sem apontar soluções para as dúvidas que lhe foram colocadas e acabou direccionando a sua verbe,com ataques pessoais à honrada e muito digna Família Valdoleiros.
    Felizmente os Marcoenses cada vez mais se apercebem que debaixo da pele dum cordeiro,afinal está aquela figura,que diz não ser horrenda,mas que se esforça como tal.

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  4. Quem não tem argumentos arranja inimigos.

    Estaline fazia o mesmo quando tinha problemas arranja uns inimigos da revolução e tratava-lhes da saúde. Aqui passa-se o mesmo.

    Deve ser isso a que se referia Manuel Moreira quando se dizia Humanista. Pois uma das correntes do Humanismo é o Humanismo Marxista.

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  5. Vamos lá ver,senhor Jorge Valdoleiros.Não me diga que o Marco,depois de ser governado largos anos,por um senhor que acabou condenado nos tribunais,por ilegalidades na gestão camarária,agora tem a governá-lo alguém,que como Estaline,quando não pode com os seus adversários políticos,lhes trata da "saúde"?
    Se assim acontece,é feio,é baixa política.
    Custa-me a crer,mas...
    Sabe,senhor Jorge Valdoleiros,dias maus,todos temos e aqueles que se figuram cristãos,deverão praticar a doutrina de Cristo,quando ele diz,"se te esbofetearem uma face,oferece a outra".
    A menos que sejamos só "cristãos de pacotilha" e então nesse caso direi,que Deus lhe perdoe,porque eu como Homem não sou capaz.

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  6. O manual de política que norteia estes polítcos será certamente O Principe de Nicolau Maquiavel, isto apesar de ser já uma edição de 1532.

    O principal do pensamento maquiavélico pode resumir-se em os fins justificam os meios.

    Na minha opinião para se resolver os graves problemas não precisamos de políticos ultrapassados ou de duvidosa respeitabilidade. Não precisamos de oligarquias. Não precisamos de YES MEN. Não precisamos de uma política "eu sei, eu quero e eu mando".

    Precisamos de pessoas sensatas, humildes, dialogantes e com competência.

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