sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Demagogia

O Presidente da República diz que ter escrito com sete anos de antecedência aquilo que agora está acontecer no domínio da economia, como se pode ler aqui.

Nas minhas contas estava no poder o XV Governo Constitucional dirigido por José Manuel Durão Barroso, que foi sub-secretário do ministério dos assuntos internos, em 1985, e ministro dos Negócios Estrangeiros em 1992 em governos presididos pelo actual Presidente da República

Recordo ainda que o próprio Aníbal Cavaco Silva foi Ministro das Finanças desde 3 de Janeiro de 1980 até 9 de Janeiro de 1981, Primeiro Ministro desde 6 de Novembro de 1985 até 28 de Outubro de 1995 e tomou posse com Presidente da República em 9 de Março de 2006.

Se existe um político com responsabilidade na situação económica que o país atravessa , nas más opções estratégicas tomadas, nas opções por uma política de “betão” e por o apoio a uma tecido empresarial baseado unicamente na exploração da mão de obra barata, ele chama-se Aníbal Cavaco Silva.

Confirmando-se as sondagens que lhe garantem a recondução no cargo de Presidente da República teremos um político que só ainda é ultrapassado em número de anos no poder por António Oliveira Salazar.

Nós Portugueses não podemos realizar más escolhas e depois vir dizer que a responsabilidade da situação em que nos encontramos é só dos políticos.

1 comentário:

  1. Caro Jorge Valdoleiros

    Nos tempos longínquos da minha "guerra" na ex-colónia portuguesa,Moçambique de seu nome,era habitual a arraia miúda da classe de oficiais,capitães,tenentes e alferes,nas suas conversas em tertúlias realizadas à noite nas "flats",entre um jogo de poquer,"lerpa" ou de sueca,acompanhados por umas tão apetecíveis cervejolas,ou ouvir alguns baladeiros de apreciável valor artístico,cantar Zeca Afonso,vir à baila o tema da guerra colonial,das suas razões,das suas consequências no tecido social,económico e laboral de Portugal,no reflexo na vida de tantos jovens,que para lá foram enviados à força para "servir" a Pátria.
    Usavamos então uma expressão para definir os chefes militares,comandantes de batalhões,comandantes dos sectores militares mais avançados e até o comandante chefe.Todos recebiam a honra de serem designados por nós, como os "cabecinhas de ouro".
    Agora,como então,também temos os "cabecinhas de ouro",na vida política do nosso Portugal.
    Outrora,nunca os chefes militares assumiram a responsabilide de alguns dos maiores erros estratégicos na condução de várias operações militares,que levaram à perda de inúmeras vidas de jovens inocentes,completamente alheios das verdadeiras e obscuras razões da "guerra colonial".
    Agora,também os actuais "cabecinhas de ouro",no caso da nossa vida política,insultam a inteligência dos portugueses,sacudindo a água do capote,armados em personalidades angelicais e santas,mas que o Povo na sua tão menosprezada argúcia e visão,considerará,que para anjos lhes faltam as asas e de santos,só se forem de pau carunchoso.
    Quanto à discussão e consequências das boas ou más escolhas dos Portugueses,na minha opinião não há volta a dar-lhe,considerando como considero que os Portugueses são ferozmente individualistas e votam apenas e sempre a pensar,exclusivamente nos seus interesses pessoais.O colectivo,o todo,a sociedade e por vezes a própria família,vem sempre depois ou nunca.
    Recordo-lhe,caro Jorge,aquela expressão popular bem portuguesa,que diz,"primeiro eu,depois ainda eu e os outros que se lixem".

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