sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Artur Melo abandona reunião de Câmara - desenvolvimento

Na sequência do post anterior, vimos complementar:

O MCN apurou que o vereador do Partido Socialista, Artur Melo, abandonou a reunião pública de Câmara de hoje à tarde, por volta das 19 horas, quando ainda se estava no período antes da ordem do dia. Este abandono terá ficado a dever-se após vários insultos dirigidos aos vereadores da maioria e até uma tentativa de agressão, por parte do vereador Avelino Ferreira Torres. AM requereu a suspensão dos trabalhos, o que não foi aceite por MM.
O vereador socialista decidiu então, abandonar a sessão em protesto pelo que ali se tinha passado e em defesa da instituição Câmara Municipal e da dignidade do Executivo.
Por incrível que pareça, o presidente da Câmara terá acusado Artur Melo de “aproveitamento político” e terá mais uma vez feito insinuações sobre os propósitos das tomadas de posição do vereador socialista, alegando que este já pensa nas eleições de 2013.

17 comentários:

  1. Felizmente a reunião foi aberta ao público, permitindo que existam várias testemunhas e idóneas,do diálogo inenarrável e das cenas indescritíveis,que aconteceram,entre o Presidente da Câmara Municipal Dr.Manuel Moreira e o vereador Avelino Ferreira Torres, durante a reunião do órgão executivo.
    Tais atitudes em nada dignificam quem as pratica e muito menos permitem que a imagem da instituição autárquica,Câmara Municipal,saia prestigiada.
    Sempre acreditei que o passado estava enterrado e que o nosso Marco,tão castigado por atitudes inqualificáveis de responsáveis autárquicos de outrora,poderia agora recuperar a sua tão degradada imagem a nível nacional.
    Afinal,cá temos mais do mesmo e a culpa deve ser atribuida a quem?
    Tenhamos a coragem de apontar os culpados,que são,sem sombra de dúvida,os eleitores pelas escolhas feitas em Outubro de 2009.

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  2. Hoje,quinta-feira,dia 28 de Outubro de 2010,iniciou-se a época da luta livre no Marco. Para os menos entendidos nestas coisas da luta livre,dir-lhes-ei que é uma modalidade de luta corpo a corpo,onde vale tudo,desde o palavrão da estiva até à ameaça de murro,incluindo o agarra-me,se não vou-me a ele).
    O júri entretanto,decidiu no decorrer do encontrou,auto-excluir-se,perante a violência colocada no ringue pelos contendores,antes que sobrasse alguma coisa para ele.
    O campeonato promete!

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  3. Infelizmente os rumores sobre o sucedido confirmaram-se. É inacreditável que em pleno século XXI estas cenas ainda aconteçam na nossa política concelhia.

    O interessante é que em vez de se assuimirem culpas ou atribuirem-se responsabilidades a quem as tinha Manuel Moreira ataque Artur Melo por este não querer estar envolvido nesta autêntica "peixeirada".

    Dá ideia que Manuel Moreira acaba por aceitar como normais algumas atitudes do passado recente e que fica é incomodado com aqueles que preferiam um Marco realmente diferente.

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  4. É um tipo de comportamento intolerável, e parece-me que Artur Melo agiu com a melhor das intenções, no entanto, conhecendo a forma de trabalhar de Avelino Ferreira Torres, este sabia bem o que fazia e pretendia exactamente fazer enervar todos os presentes e colocar o caos na reunião. Parece-me que o executivo fez bem em resistir às provocações e insistir em continuar com a reunião.
    No meu ponto de vista, Avelino Ferreira Torres morreu politicamente no Marco de Canaveses e o seu intuito é que voltem a falar dele, não interessa o motivo, desde que volte a ser falado. Parece-me também que continuam a dar importãncia a mais à sua figura, o que não faz sentido, uma vez que depois dos resultados das eleições de 2005 e 2009 ficou bem demonstrado que os marcuenses já não o respeitam e muito menos o temem.

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  5. Caro Jorge,
    de há uns tempos a esta parte a tensão não pára de crescer, são vários os episódios em que aqueles que, no desempenho de funções públicas, deveriam ser um modelo nos brindam com atitudes a não modelar.
    Um Marco na (des)Educação e na Cidadania.

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  6. Mais uma vez, o Marco é notícia, pelos piores motivos. A esta notícia, associo outro "pior motivo" : a conferência de imprensa do Bastonário da Ordem dos Advogados, onde denuncia o "caos" no Tribunal desta Comarca.
    Acredito que como diz Miguel Pontes, que os principais culpados são os eleitores marcoenses, que, digo eu, elegeram um Vereador "impróprio", mas, sobretudo, é de uma cultura cidadã de submissão, de subserviência, de laxismo, onde falta a coragem para tomar posições e atitudes, que, de vez, "varram" do cenário político e social essas essas pessoas e atitudes.
    Que Avelino Ferreira Torres é o que é já sabemos, com o cúmulo de ter sido eleito dirigente Concelhio de um Partido com assento na AR,com personalidades no Conselho de Estado, perante a omissão (chamada "falta de oportunidade") daqueles que, pelo que dizem e escrevem, se lhe deveriam ter oposto, dentro do CDS/PP.
    Que Manuel Moreira, tido como homem educado e de bom senso, está totalmente desnorteado e em "roda livre", é uma triste evidência.
    Que tem uma Vereação ingovernável, a começar pelo PSD, é óbvio.
    Que costumo discordar de Artur Melo, mas elogio o seu abandono da Sessão de Câmara, em nome da dignidade, é algo que registo.
    Que os melhores deputados municipais são João Valdoleiros (PS) e João Lima (CDU), por sinal do lado "Esquerdo", é uma verdade.
    É preciso, acredito, um novo Poder e uma Oposição de maior qualidade. E isso resolve-se em eleições.
    Mas, sobretudo, é necessária uma nova cidadania, ou seja, que os marcoenses se assumam, contra este pântano, sem bairrismos doentios, mas aproveitando TUDO o que de melhor (ainda) temos. E isso resolve-se no dia a dia, que depende, só, das atitudes de cada um de nós.

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  7. Os marcoenses, em geral, terão que conhecer e meditar sobre este assunto muito seriamente.

    Esta terra, pouco a pouco, tem-se tornado uma ilha no distrito e no País .

    É necessária uma autêntica reforma/revolução de mentalidade e exigência. Temos que ambicionar e querer ser um concelho moderno, onde não nos envergonhemos de viver nele.

    O Marco tem que aspirar a ser uma terra com qualidade de vida, onde todos se revejam!

    Imperioso será discernir as más estratégias, ou falta delas, elaboradas pelos nossos dirigentes políticos e seus apoiantes (grandes empresários!) durante os últimos 30 anos.

    Um concelho com as capacidades inerentes da sua localização e do seu potencial humano, tem obrigatoriamente de desejar o topo.

    Devemos esta missão aos nossos filhos . . .

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  8. Não posso deixar de apoiar a decisão de Artur Melo de abandonar aquela sessão do executivo, eu faria o mesmo, pois não se pode tolerar tudo. E nesta situação Artur Melo terá sido mero espectador.

    O mais correcto era a própria sessão ser interrompida pela Presidência até pelo menos se restabelecer a ordem que a dignidade do órgão mereceria.

    Claro, e por conhecer bem AFT, não me parece que a sua atitude tenha sido despropositada. AFT é demasiado cerebral para se deixar levar por emoções. Mas o restante executivo não pode condescender com este tipo de atitudes. Se foram realizados insultos e ameaças de agressões a "cena" foi grave. Não se pode regressar ao passado, temos que rapidamente mudar as atitudes e pelos vistos só será possível com novos actores.

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  9. Permitam-me os meus amigos comentadores deste blogue,que complemente a minha primeira intervenção opinativa sobre este triste e lamentável episódio,vivido na última reunião do Executivo da nossa Câmara Municipal,afirmando ao contrário de outros,que Manuel Moreira demonstrou mais uma vez aos que o elegeram,não ter capacidade de liderança.
    É nas situações difíceis,que se reconhece o valor da liderança,já que nas fáceis,o consenso está quase sempre implícito,apesar da polémica,que possam despoletar.
    Não é líder quem quer ou deseja,mas sim,quem pelo seu desempenho na chefia,na gestão dos problemas,demonstra permanentemente ter qualidades humanas para ser respeitado como tal,capacidade de diálogo acima da média e por último,inteligência suficiente para não menosprezar a valia dos seus interlocutores,quaisquer que eles sejam.
    Na minha opinião Artur Melo,decidiu e muito bem,o abandono da reunião.
    Necessário se torna esclarecer aqueles,que eventualmente estejam mal informados,que só o fez,depois de apelar à intervenção do Presidente do Executivo,a quem a Lei dá poderes para suspender reuniões do executivo,caso existam motivos de força maior.
    Parece porém que,para alguns,os impropérios mais grosseiros e as ameaças de agressão física,possam ser desvalorizadas a tal ponto,que a reunião devesse progredir paulatinamente,como se duma ordeira,civilizada reunião de amigos se tratasse.
    Há limites,que nunca podem ser ultrapassados,sejam quais forem as nossas motivações.
    Artur Melo demonstrou mais uma vez ter uma formação cívica e política invejável,que não agradará a muitos,tenho isso como certo,mas que posso fazer para combater o miserabilismo habitual em Portugal?

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  10. peço um esclarecimento ao comentário do joão moura: o que faria se estivesse no lugar do artur melo? calavasse? é que nada fazer significa que a situação pode repetir-se e depois ninguém poderá dizer que nada sabia... assim a melhor atitude foi sair para não ficar naquele lodo.

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  11. Nós sabemos que ias apoar a decisão do Artur Melo, e que continuas à procura de tacho, mas sê mais discreto homem.

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  12. Já em tempos disse que o Artur Melo “incomoda” muita gente…



    Interessa também a muita gente fazer passar que a única função de Artur Melo e infernizar o executivo, só porque não está no poder.

    Artur Melo ajuda o Marco quando fiscaliza o que se gasta na câmara, e tentar evitar excessos e pede frequentemente justificações.

    Artur Melo tenta que o executivo repense algumas das suas atitudes. Tem um olhar critico, e tenta que os Marcuenses vejam para onde vamos com o (des)governo deste executivo



    Tony Madureira

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  13. Caro Anónimo das 14:26

    Não sei a quem é que se estava a referir com o seu comentário, mas posso assegurar-lhe que os colaboradores deste blog não precisam de "tacho", aliás somos contra essas políticas de andar a distribuir "tachos".

    Quem quer estar na política deveria ter presente que esta actividade tem de ser de "serviço público" e não de se "servirem dos bens públicos".

    Infelizmente a realidade não é assim e os "políticos" confundem os seus interesses pessoais com os interesses públicos. Se for analisar onde a Câmara gasta os dinheiros públicos poderá ficar com uma ideia daquilo que estou a falar.

    O Tony Madureira diz muito bem que Artur Melo "incomoda" muita gente, mas o seu trabalho como vereador da oposição é mesmo esse, "incomodar".

    A fiscalização dos executivos é um dos deveres que os diversos autarcas eleitos tem. E se reparar não disse direito, disse mesmo dever.

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  14. Pelo que se ouve falar Artur Melo ajudou e tem ajudado a incendiar as reuniões de Câmara e depois quis demarcar-se dos acontecimentos que ele próprio ajudou a criar. Deverá ele próprio reavaliar a sua forma fazer política e oposição pois a sua forma de abordar as questões não têm sido tão amnizadoras com quis demonstrar ao abandonar a reunião. Artur Melo parece ter capacidades e equipa para fazer oposição de uma forma construtiva em vez da oposição destrutiva que tem andado a fazer.

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  15. Explique lá João Moura o que seria para si uma "oposição construtiva"

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  16. Caro João Moura

    De certeza que não percebeu ainda como funcionam as relações entre a maioria e a oposição.

    A maioria deixa falar a oposição porque a isso é obrigada. De resto ignora qualquer sugestão, não permite qualquer tipo de debate, e sempre que alguém pede alguma explicação essa é negada, quando são pedidos documentos, como os da execução orçamental, são recusados a sua entrega.

    Na Assembleia Municipal é sempre o Presidente da Câmara que tem a última palavra. A desproporção de tempos reais gastos pela oposição e pelo Presidente é enorme.

    Na própria blogsfera não existe praticamente que pela maioria venha debater as suas ideias. A excepção que confirma a regra é o António Santana do Marco 2009.

    Sempre que a oposição ou quem quer que seja apela a um debate franco e aberto sobre os problemas do Marco esses apelos são ignorados.

    É a arrogância do poder, é a existência de uma maioria e os seus membros não terem opinião própria.

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  17. Meu caro João Moura

    O meu amigo,critica a Artur Melo e creio que também por arrastamento,ao grupo de deputados municipais do P.S.,o modo de fazer polítca de oposição.
    Entende e está no seu pleno direito democrático de opinar,designando-a por uma oposição destrutiva,em vez de ser construtiva.
    Garanto-lhe,meu amigo João Moura,que uma das duas coisas se passa consigo.
    Ou é,um dos demasiados cidadãos marcoenses que andam muito mal,ou erradamente(leia-se,intencionalmente mal)informados,por certas fontes controladas pelo poder político do nosso Marco e então é aceitável,a sua acusação de que Artur Melo e o grupo municipal do PS só fazem oposição destrutiva e nada de oposição construtiva.
    Ou então não é isento,para não dizer que não é mentalmente sério,e só valoriza e credibiliza,aquilo que o PSD "vende" como verdades dogmáticas,como aconteceu com o último comunicado desse partido,comunicado já sobejamente escalpelizado neste blogue pelo eng. Jorge Valdoleiros,num post intitulado,"Como se desmonta um comunicado".
    Ora,meu caro João Moura,para que futuramente possa falar com toda a propriedade,permito-me aconselhá-lo a assistir às sessões da assembleia,esse o local certo,para poder ouvir de viva voz,as intervenções e as propostas de toda a oposição,antes que o seu sentido seja desvirtuado e adulterado,como acontece frequentemente e logo de imediato pelo responsável máximo da autarquia,em plena sessão da assembleia,utilizando-se da prerrogativa,que o regimento da assembleia municipal lhe concede de usar a palavra em último lugar,impedindo que a oposição de seguida venha repor o justo e correcto sentido das suas interpelações,das suas sugestões,etc.
    Enquanto,estará de acordo com certeza,a última palavra pertencer sempre ao mesmo,nunca se poderá acreditar em isenções puras,ou considera o meu amigo,que deveriamos ser tão ingénuos quanto isso?
    Para,em definitivo,terminar o meu comentário,dir-lhe-ei,que aquilo que nunca ousarei pôr em causa é a honra das pessoas,o valorintelectualquanto ao estilo pessoal,à capacidade de retórica,falar,de questionar

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

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