Mas um choque em cadeia, esta tarde na A25, provoca pelo menos 5 mortos e 72 feridos como se pode ler aqui e aqui.
Os acidentes deverão estar relacionados com “as primeiras chuvas” e com o nevoeiro que se verificou na região durante todo o dia. Aliás em toda a região Norte afectada por esta chuva os acidentes foram vários.
A prudência aponta que todos tomem precauções reforçadas sobretudo quanto à velocidade de circulação.
Que me perdoe o Jorge Valdoleiros,mas estou quase a 100% em desacordo com ele,no que diz respeito às causas(primeiro dia de chuvas e nevoeiro denso)dos numerosos acidentes,400 e tal,acontecidos no passado dia 23 de Agosto.
ResponderEliminarHabitualmente os Portugueses usam muito mais a emoção do que a razão,para explicar desgraças como estas,dos dois acidentes na A25 e o de Porto Santo(queda da palmeira).
Na minha opinião,em primeiro lugar,num e noutro dos casos,falharam aqueles a quem compete a vigilância e a prevenção dos acidentes(serviços técnicos das auto-estradas,autoridades policiais,serviços técnicos do ambiente em Porto Santo,etc..).
Em segundo lugar,mais uma vez se verificou a irresponsabilidade duns tantos condutores,que apesar do mau estado do piso(escorregadio pelas primeiras chuvas) e nevoeiro denso com grande restrição da visibilidade,não deixaram de acelerar,prática que todos nós constatamos diariamente nas nossas auto-estradas,estradas e povoações urbanas.A falta de respeito pelos outros é o comum e quando acareados com tal,ainda somos mimoseados com expressões injuriosas ou gestos mais ou menos obscenos.
Como diria um grande amigo meu,norte-americano de nascimento,vocês em Portugal sois todos condutores de Fórmula I.
O facilitismo na obtenção de carta de condução,a falta de execução de testes psico-técnicos aos candidatos,os atestados médicos passados em cima do joelho,muitas das vezes sem sequer o candidato estar fisicamente presente,a impunidade e a leveza das penas perante situações,que condicionaram perdas de vidas e de bens,para além das consequências físicas e psíquicas definitivas de terceiros.
Para acabar de opinar,chamo a atenção para a coincidência de praticamente no mesmo local,na outra via da auto-estrada,se ter dado outro acidente,com as mesmas características,choque em cadeia.Questiono,chovia só nesse troço da auto-estrada?Não.Nevoeiro muito denso?Sim.Como proceder na condução nessas condições?Diminuir substancialmente a velocidade,sinalizar com piscas e faróis de nevoeiro da retaguarda e se necessário,encostar na berma da auto-estrada,deixando livre a faixa de rodagem aos "aceleras irresponsáveis".
Mais uma vez refiro a minha experiência pessoal de ter conduzido na Noruega.O máximo de velocidade de circulação são 80 Km/hora,faróis sempre ligados nos médios(mesmo de dia),mas o que ressalta mais,é a enorme consciência cívica dos condutores.
Uma informação que obtive hoje é que uma das vítimas, uma senhora, foi atropelada quando tentava avisar os condutores que circulavam em direcção às viaturas acidentadas.Confirmando-se esse facto temos um portugesa que merece uma daquelas condecorações, infelizmente a título póstumo, que são normalmente distribuidas por tudo e por nada.
ResponderEliminarOutra informação é que já disponho uma viatura que, quer eu queira ou não, circula sempre com as luzes ligadas. O engrançado é que farto-me de ser avisado pelos outros condutores que estou com as luzes acesas.
ResponderEliminarEra importante que todos percebessem que circular com as luzes acesas aumenta o nível de segurança.
Antes de mais quero lamentar todas as vítimas desta situação e digo-vos que concordo a 100% com o que o Miguel diz.
ResponderEliminarMas permitam-me acrescentar mais uma opinião.
Para além de tudo o que já se disse neste blog sobre a falta de civismo de alguns condutores portugueses, quero referir que o mau estado de algumas viaturas que circulam nas nossas estradas também contibuem para que acidentes aconteçam.
Desde pneus carecas a escolhas de pneumáticos de segunda qualidade ou qualidade duvidosa até muitos outros componentes que contribuem para uma circulação em segurança e que a manutenção é descurada pelos seus proprietários.
Caro Jorge,
ResponderEliminarPercorri a A1 recentemente e em 300kms de via, apenas vi a patrulha da GNR duas vezes, uma num acidente em Santarem e outra já à entrada de Lisboa. Penso que com mais policiamento as asneiras que vemos diariamente seriam menores.
Caro Jorge Valdoleiros,
ResponderEliminarDizem que temos as melhores leis e provavelmente somos os que mais transgridem na estrada. Assim, definido o limite máximo de velocidade na auto-estrada, todos interiorizamos que há uma margem de tolerância, pelo que naturalmente excedemos e onde está escrito 120 "passamos" a ler 140 e ainda contamos com a solidariedade dos demais prevaricadores que avisam, fazendo sinais de luzes, da presença de agentes fiscalizadores de trânsito. Os locais onde é proibido estacionar estão definidos, é ver alguns “responsáveis” a desrespeitar a lei e, eventualmente, os seus agentes. Apesar de ser proibido atirar objectos pela janela é ver as bermas das nossas estradas como estão “enfeitadas”.
Desde cedo nos habituamos a transgredir e continuamos a passar esse conhecimento aos mais novos. Veja-se o espectáculo dado pelos condutores, transportes públicos e privados, em horas de ponta, junto das "nossas" escolas e onde nada acontece.
Se legislando, prevendo elevadas sanções não resolve este grave problema, o desrespeito pelo outro, invista-se na educação para a cidadania!
100% de acordo.
ResponderEliminarO uso de radares em auto-estradas,posicionados em locais designados por "pontos negros",poderia ser uma medida a implementar a curto prazo e creio que suficientemente dissuasora dos abusos de velocidade.E,se complementada,com a circulação de carros-patrulhas descaracterizados,aplicando de imediato a Lei aos prevaricadores,tal como acontece na vizinha Espanha,onde as sanções pecuniárias são liquidadas na hora e igualmente a apreensão da carta de condução,se for o caso.
ResponderEliminarConcluo,que a solução preconizada por António Ferreira seria a ideal,mas convenhamos de resultados só a longo prazo.Entretanto parece-me que um pulso duro e inflexível,poderia contribuir para uma significativa melhoria,à semelhança,como disse da vizinha Espanha.
“Os acidentes nas estradas portuguesas entre 1 de Janeiro e sábado passado resultaram em 460 mortos e 1632 feridos graves, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. No período desde o início do ano até sábado, o distrito do Porto lidera o número de vítimas mortais, com 63 casos …” (in JN de 25 de 24Ago10)
ResponderEliminarEstes números demonstram que alguma coisa está a falhar.
Tal como acredito que só aprende quem está motivado, também sou apologista que se substitua “a caça à multa” por uma acção de que vise “premiar” os condutores cumpridores.
Permitam que recorda a polémica em redor da lei do tabaco. Hoje todos cumprem, talvez porque todos percebemos que o fumo a todos afecta, não é um problema “dele” mas um problema “nosso”.
Consciencialização!