Sete meses é o tempo que levam, em média, as autarquias e as empresas municipais a liquidarem as suas dívidas às empresas de obras públicas. E a factura em atraso da administração local ao sector da construção já é agora de 830 milhões de euros. Também houve um agravamento de duas semanas no prazo médio de pagamento e mais grave ainda, 75% das câmaras pagam fora de horas (a lei estabelece dois meses) e 5% delas levam mais de um ano a liquidar as facturas.
A situação agravou-se de tal forma que no escalão das que pagam no máximo até três meses estão agora apenas 33 câmaras; no último inquérito eram 45.
A situação é tanto mais grave quanto é certo que o sector da construção "atravessa a mais prolongada e profunda crise de que há registo" e que provocou, em oito anos, "a perda acumulada de 31% da produção e a eliminação de 141 mil empregos".
E se existe concelho que tem sentido na papel este desemprego é o Marco, mas se existe Autarquia que tem sido reponsável por este problema é também a nossa. Quando os "gestores" destas autarquias gastam o dinheiro que não dispõem quem acaba por sofrer primeiro são os seus fornecedores, de seguida serão os seus funcionários e por fim quem os elegeu.
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