terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dias Trágicos

Uma criança de oito anos morreu vítima de um incêndio num palheiro em Carrazeda de Ansiães como pode ler aqui. Uma jovem bombeiro, de 21 anos, morreu e outro ficou gravemente ferido num incêndio em Gondomar. Ontem já tinha morrido outro bombeiro em S. Pedro de Sul quando a sua viatura participava no combate a um incêndio. O número de incêndios tem vindo a crescer como se pode ler aqui.

Somos confrontados internacionalmente com a realidade que num futuro, as catástrofes de Verão poderão vir a ser normais.

Em particular nas últimas semanas temos centenas de incêndios na Rússia, com mais de 700 mortes e onde as temperaturas pela terceira semana rondam os 40 graus, como se pode ler aqui. Moscovo regista níveis de monóxido de carbono seis vezes superior ao aceitável.

No Paquistão as cheias desencadeadas por chuvas de monção particularmente fortes, duram já há duas semanas e provocaram mais de 1600 mortes. Como pode ler aqui e aqui.

Na China são mais de 337 mortos e 1100 desaparecidos provocados por um desprendimento de terras devido também a chuva forte.

As causas são várias mas na minha opinião a principal delas tem a ver com as "pequenas" alterações climáticas, que quer se aceite ou não serem provocadas por todos nós, estão aí. Se tivermos mais um ou dois graus de aquecimento global imagine como serão na nossa terra os incêndios de Verão.

Mas existem causas bem humanas que poderiam ser evitadas. A primeira delas é a limpeza do mato nas nossas florestas. A segunda é a formação cívica para evitar comportamentos de risco, como por exemplo, ensinando, desde cedo, os cuidados que se deve ter com o "fogo" que na floresta ou mesmo fora dela pode ser incontrolável e mortal. A terceira é ter coragem política para não fomentar e até combater hábitos de risco, como por exemplo os tradicionais lançamentos de "fogo de artifício", sobretudo o fogo de cana tão utilizado irresponsavelmente nesta época estival.

2 comentários:

  1. No meu site "Seara da Verdade" tem um artigo intitulado "incêndios em Soalhães" onde pode constatar que o problema dos incêndios em Portugal é muito mais complexo do que imagina. É tudo uma questão mais política do que ambiental.
    Pena que assim seja.

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  2. A realidade dos factos é muitas vezes chocante,triste,medonha e impagável na nossa memória futura,mas queiramos ou não,teremos que conviver com ela,em muitas situações,bem concretas no dia a dia.
    Toca a todos,quando não hoje,será amanhã,muitas ou poucas vezes,fazendo com que digamos que somos muito infelizes ou,pelo contrário,cheios de sorte.
    Por todo o Mundo surgem catástrofes originadas por fenómenos naturais,de violência anormal.
    A irresponsabilidade de muitos de nós,até mesmo poderei dizer,de todos nós habitantes do planeta,contribui cada vez mais para a progressiva sucessão destes cataclismos,ditos naturais.
    E o Homem,não contente com todo o mal,que já fez,e continua a fazer à Mãe Natureza,prepara-se para a aniquilar de vez,com a possibilidade cada vez mais visível no horizonte do nosso Mundo,duma guerra nuclear.
    Qual Torre de Babel,a Humanidade não se quer entender,no reconhecimento de todas as agressões que diariamente se fazem à nossa "casa",ao planeta Terra.
    Pois se até se negoceia com a taxa de emissão de gases tóxicos para a atmosfera,como se cada país tivesse lá um compartimento estanque,uno,indivisível e se pudesse assumir o proprietário daquela fracção do condomínio "Atmosfera Terrestre".
    Unamo-nos neste combate,espalhemos a doutrina da defesa da nossa "Terra",para que os nossos vindouros se orgulhem da obra herdada.

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