terça-feira, 16 de novembro de 2010

Acção Social

Um leitor que prefere o anonimato enviou-nos este comentário a este post do Marco Hoje intitulado “Vamos ajudar Sara Vieira ser mais feliz”.

Congratulo-me por saber que o movimento associativo, e as pessoas que o tornam possível têm estas preocupações sociais. O caso da Sara é um estímulo a qualquer um de nós e deve ser alvo da nossa solidariedade. Não é só a sua felicidade é também a sua plena integração social que está em causa.

O que eu gostava de saber é se o gabinete de acção social da câmara municipal tem esta situação sinalizada e se porventura vai ajudar a custear esta cadeira. É uma das responsabilidades desse gabinete de acção social. Ou vamos continuar a ouvir da boca da Sra. Vereadora da acção social os números da acção social escolar, para justificar o orçamento da acção social. Tal como o fez, tão só para mostrar estatística, na Conferência que assinalou o Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza. Sim, pois não confundamos as coisas. A acção social escolar da responsabilidade do Ministério da Educação e dos municípios, nas modalidades de apoio alimentar, alojamento, auxílios económicos e acesso a recursos pedagógicos, destinadas às crianças da educação pré-escolar, aos alunos dos ensinos básico e secundário…(Despacho n.º 14368-A/2010).

Ou seja, a autarquia não faz mais que a sua obrigação e competência.

Já agora, basta consultar os Documentos Previsionais e Orçamento 2010, disponíveis no site da Câmara para vermos que o valor que a autarquia se propôs gastar na acção social, precisamente no Ano Europeu Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social, é de 516.400 euros, dos quais 230.000 euros seriam para a construção do Centro de Dia de V. B. Quires.

5 comentários:

  1. Quando dizemos que somos humanistas deviamos preocupar-nos mais com os homens e menos com outras preocupações.

    Se não se dá a devida atenção à Acção Social como se pode classificar como humanista?

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  2. O que o anónimo (que saúdo, pois o conteúdo do que escreve é verdadeiro), ilustra é o desastrado (não digo, por enquanto, desastroso)trabalho da tal Gabinete de Acção Social da Câmara.
    Para quem não sabe, foram criadas, quase há 10 anos, como competência das Câmaras, as Redes Sociais Locais, ou seja, um fórum INSTITUCIONAL onde, por força legal (a Câmara, as Juntas, o IEFP, a Segurança Social), ou por desejo próprio, instituições e mesmo, PESSOAS, ligadas á Acção Social, têm assento, precisamente para planear a acção municipal, rentabilizar e articular energias, recursos e ideias e, também, fazer intervir. Ou seja, um orgão de planeamento, mas, também de cordenação da acção, por isso mesmo presidido pela Câmara.
    Em nome de uma instiuição, fiz parte do Plenário da Rede Social do Marco de Canaveses, entre Novembro de 2007 e Março de 2010. E intervi, mesmo polémicamente. Pude, aí, observar o trabalho inconsequente, o exercício de poder pessoal, a autêntica "missa" (no sentido caricato do termo), que essas reuniões de plenário eram. Quando Manuel Moreira (MM) não ia, a Vereadora demonstrava a sua ignorância, medos e respondia, com evasivas e, por vezes, com erros, ás questões. As actas, embora sejam uma vergonha, porque omitem factos, conseguem, ainda, retratar tal funcionamento. No meu caso pessoal, que em Março/Abril de 2009 reportei no "MarcoHoje", ficou clara a profunda incompetência da estrutura do Gabinete e do Chefe de Departamento, assim como do Presidente, perante quem dominava a temática e a legislação, no caso o Contrato Local de Desenvolvimento Social, ao que MM respondeu como um arruaceiro.

    Adiante...
    Se, no Marco, houvesse uma Rede Social a sério, o caso da Sara teria sido, articuladamente, analisado e, talvez RESOLVIDO, pela Câmara, Segurança Social e Saúde (que, por sinal, fazem parte do Núcleo Esxecutivo da dita Rede Social-mais um "altar" onde MM diz as suas "missas"- decerto com o apoio do "braço" que seria o Gabinete de Acção Social). Mas porque as estruturas onde a Câmara tem liderança, no Marco, são instâncias de um serôdio culto do centralismo e do clientelismo, está tudo dito.
    Como cidadão, "aponto o dedo" ao Núcleo Executivo da Rede Social, no caso da Sara. E ao dito Gabinete ("his master voice"), que, se fizesse articulação entre os agentes sociais, conseguiriam aquilo que se lhe pede : ninguem diz que a Câmara tem de substituir a Saúde ou Segurança Social, mas que, precisamente, deve chamar esses parceiros e articular os seus recursos - tem autoridade para tal - no sentido de resolver o problema.
    Mas, com dizem os brasileiros, "cada macaco no seu galho".
    Existe uma pofissão que se chama Assistente Social, que tem competências científicas, técnicas e instrumentais para saber como isso se faz, mormente essa mediação. E ao que sei, MM não tem nenhum Assistente Social no "seu" Gabinete de Acção Social.
    [Não esto a reclamar emprgo para ninguém : á única Assistente Social que tnho na família está, há muito, empregada, mas conheço alguns jovens marcoenses licenciados nesse curso á procura de trabalho...]
    Assim, á incompetência política junta-se a falta de competências técnicas.
    Admiro as campanhas de benevolência e solidariedade pessoal; são necessárias, porque resposta da sociedade civil; é a Cidadania em acção, no concreto. Mas isso não substitui nem faz esquecer a omissão de quem se devia articular para resolver. Ou a chocante incompetência de Presidentes de Câmara, de Vereadores,de Chefes de Departamento, de Gabinetes (enfim, estrutura do Poder Local) que têm a competências (as tais de articular recursos...) que não exercem.
    E quando estão pessoas em jogo, é, no mínimo, um crime moral.

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  3. Caro Jorge

    Permite-me que me dirija ao Dr.Abel Ribeiro, para o felicitar pelo seu excelente comentário, ao comentário do "post" publicado no Marco Hoje .Está lá tudo,o que é preciso,mas para tal tenham os "senhores" da Câmara a humildade DEMOCRÁTICA de aceitaram, as ideias, de quem sabe profundamente do assunto e que, nos dias de hoje, deveria ser tomado mais em linha de conta, por quem tem a responsabilidade de gerir os destinos Autárquicos.
    Pela minha parte, farei tudo o que me for possível para ajudar na iniciativa da ARANDUM,aproveitando para felicitar esse grande humanista, pedagogo e excelente professor de Música Sr. Fernando Costa.Daqui desafio às Grandes Empresas do MARCO a provarem que esta é uma causa pelo qual se devem empenhar pelo que devem se chegar-se à frente e ao mesmo tempo lanço o repto à Câmara Municipal para agir, nem que para tal tenha ,que cortar nas FESTAS, nos Estudos, Pareceres, Projectos e Consultadoria (use-se a "prata da casa", valorizando os seus activos),nas Horas Extraordinárias( sem que se veja qual o retorno das mesmas), nos Combustiveis ( viaje-se menos, pois também existem transportes públicos para o efeito), nos Encargos com a Iluminação,( aliás já proposta por um Ex- Vereador do PSD), mas os "tiques" de quem tudo sabe, manda e pode, não os deixam ver mais além.
    Por vezes o PODER cega, tolhe-nos o pensamento e não nos deixa ver a EVIDÊNCIA...
    Já dizia Mestre SUN TZU " no dia em que receberem ordens para combater, os teus soldados poderão chorar", É sinal de que a emoção é intriseca ao homem - antes de serem soldados são humanos.Isto vai ao encontro daquilo que se afirma quanto á competência ou falta dela dos responsáveis pela ACÇÃO SOCIAL da Câmara do Marco de Canaveses. As pessoas não se podem reduzir a NÚMEROS ou a ESTATISTICAS ,não se sabendo como as estas são elaboradas. É preciso mais qualidade na acção e na decisão, mas isso é outro fado e termino trazendo aqui um pensamento de CARL JUNG e que diz o seguinte:"A escuridão não se pode transformar em luz, nem a apatia em movimento sem emoção", fim de citação...


    Saudações Democráticas

    José António

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  4. Caro José António

    A colaboração de pessoas como o Abel Ribeiro no debate das questões, que a todos nós nos preocupa, é sempre benvinda e desejada pela qualidade e preocupação que coloca nas causas que defende.

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  5. Caro Jorge Valdoleiros

    Permita-me o meu amigo aproveitar o seu blogue para endereçar um cumprimento especial ao Dr.Abel Ribeiro.
    O seu comentário é extremamente pertinente,não só em relação ao caso da Sara,mas também em relação à incompetência e quase inoperante actuação do vereador responsável pela política de Acção Social da Câmara Municipal.
    O Dr.Abel Ribeiro coloca a tónica e muito bem,no modo subserviente como os seguidores de M.M.,lhe obedecem.
    Todos os verdadeiros sociais-democratas marcoenses reconhecem que o seu PSD se tornou um partido monolítico,gerido com punho de ferro(ditatorial),que não admite,nem aceita opiniões divergentes da sua orientação,impossibilitando o diálogo e amordaçando a oposição interna do partido,nem que para isso tenha que os ameaçar com a expulsão.
    É bem conhecida de todos a dificuldade,que M.M. tem de conviver com todos aqueles,que se lhe opõem,ou colocam em causa as suas decisões.

    Saudações democráticas

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