quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Águas - Julho a Setembro de 2006

Em Julho a abriu em força a época das Festas, pelo que praticamente nada se falou sobre o contrato das Águas do Marco até meados do mês de Agosto.

E falou-se, não por causa do contrato, mas por causa de uma polémica sobre a qualidade da água na Freguesia de Soalhães.

Nessa altura Cristina Vieira, Presidente da Junta de Freguesia de Soalhães, no Reporte do Marão pede explicações porque os consumidores de Soalhães continuam sem informação actual e fidedigna sobre a qualidade da água que lhes é servida nas torneiras. Informou que se continuava a aguardar pela decisão de se avançar ou de recuar quanto à anunciada intenção de rescindir o contrato.

Enquanto não se conhecem os resultados da água de Soalhães – que parece ser apenas mais um episódio na “guerra surda” entre as duas entidades – Manuel Moreira vai tendo reuniões com os responsáveis da empresa Águas do Marco, mas os resultados são praticamente nulos.

Tudo esta polémica foi motivada pela denúncia do caso por populares da freguesia, que suspeitaram que andaram a beber água sem qualquer tratamento.

Só em 13 de Setembro de 2006 é publicado no JN, que pode ser lido aqui, que afinal a água tinha níveis de cloro altíssimos (cinco vezes superior ao normal) e que foram detectadas salmonelas.

Eu, pessoalmente, ainda não percebo a passividade da Manuel Moreira em todo esta polémica.

Ainda em  Setembro, e de novo no Repórter de Marão, escreve-se que "Com este impasse, que já leva um ano, nem a autarquia nem a empresa Águas do Marco, SA – que enquanto não tiver a situação clarificada não pode calendarizar as obras necessárias – procedem aos investimentos necessários neste sector ambiental, num concelho que tem dos índices de cobertura mais baixos de abastecimento de água e de saneamento do país. Na reunião da AM do final de Junho, o presidente da Câmara, Manuel Moreira, tinha prometido mandado elaborar um último estudo técnico-financeiro elucidativo das consequências e dos encargos financeiros que a rescisão acarreta. A decisão de rescindir (ou manter) o contrato com a Águas do Marco, SA (as posições do presidente Manuel Moreira, do resto do executivo e da maioria dos elementos da assembleia municipal apontam no sentido da rescisão), ficará adiada para a sessão ordinária da AM no último trimestre do ano ou eventualmente para uma sessão extraordinária."

João Monteiro Lima na Assembleia Municipal inquiriu Manuel Moreira para saber se o estudo que havia prometido na AM anterior (sobre as consequências da manutenção do contrato ou a denúncia do contrato) estava já feito ao que obteve uma resposta negativa.

2 comentários:

  1. Permita-me Jorge Valdoleiros,opinar sobre a dita polémica das águas de Soalhães,mais concretamente sobre o teor da notícia do JN.Diz que a água tinha um teor de cloro excessivamente alto e que também foram detectadas salmonelas.Ora aqui há gato!Se a água tinha cloro,mesmo que em percentagem "normal",apropriada,não poderia conter salmonelas.Estas bactérias não sobreviveriam num meio com cloro.Eventualmente a amostra de água que continha salmonelas,deveria ter sido de algum poço ou mais dificilmente dum furo,ou ainda de fontenário público com água corrente não tratada,captada em qualquer nascente.
    Quanto ao excesso de cloro é lamentável que tal tenha sucedido,pois para além dos riscos para a Saúde Pública,indicia que os serviços técnicos do município marcuense deixam muito a desejar no que concerne à sua qualidade e competência.E com a nossa saúde não se deve brincar do mesmo modo que têm brincado com o nosso dinheiro.
    Então amigo Jorge Valdoleiros,já poderá perceber assim um pouco mais do desprezo com que Manuel Moreira trata aqueles presidentes de Junta (e respectivas populações)que não lhe juraram fidelidade e não lhe fazem beija-mão.
    Depois admiram-se que ainda cerca de 10.000 eleitores do Marco tenham votado naquele senhor que não deixou boas recordações.Pensam eles que afinal entre um e o outro,a diferença é só uma questão de roupagem e de retórica.A prática acaba por atingir os mesmos fins,agradar só a gregos e deixar de lado os troianos.
    Felismente cada vez mais Marcuenses já,e continuam a concluir,que entre os dois o Diabo que escolha.
    Na primeira cai quem quer,na segunda quem quer cai e na terceira só quem é burro,diz o Povo.Esperemos então para ver.

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  2. Caro Miguel

    Se ler com cuidado o artigo da JN, poderá ler que o cloro em excesso foi na água da rede pública, as salmonelas foi da água da ribeira da Lardosa, donde estava-se a captar a água para consumo.

    Agora isto foi quando foram realizar as análises, como estaria a água antes é uma incógnita.

    Estranho é que não se tenha logo notado o cheiro a cloro. Da minha experiência não é necessário uma grande concentração para se sentir o cheiro.

    O que me preocupa é que a autarquia de imediato e com urgência não tivesse ela realizado a análise e que avisasse a população. Escudar-se noutros para desculpar a sua responsabilidade é que está errado.

    A questão do tratamento dos Presidentes de Junta (e já agora das várias Associações do Concelho) é uma vergonha. Já foi mais de uma vez referido mas em Amarante, pr exemplo, é logo à partida distribuido o orçamento a atribuir pela município às freguesias.

    Diferenças, e sobretudo uma melhor Democracia.

    Mas posso-lhe dizer que também uma vergonha alguns presidentes de junta se sujeitarem-se a esse tratamento.

    Por aquilo que tenho acompanhado a Cristina Vieira até "dá luta" ao executivo.

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