domingo, 7 de março de 2010

Programa de Estabilidade e Crescimento

Esta semana muito se tem falado sobre o PEC.

Uma boa notícia é que João Tiago Silveira declarou que A consolidação da economia portuguesa será feita à custa da redução da despesa e não passará pelo aumento de impostos nos próximos três anos. Como pode ler aqui. Mas na mesma notícia e aqui refere que o Governo deverá reduzir os benefícios fiscais dados às famílias e às empresas. Apesar de aqui ter dito que o PEC “é caracterizado pela estabilidade fiscal”.

José Pedro Aguiar Branco declarou que o PSD irá tomar uma posição responsável e de acordo com os "interesses nacionais". Já ontem se podia ler aqui e aqui que José Pedro Aguiar Branco recordava que o primeiro-ministro “disse claramente que não ia haver aumento de impostos”.

Louça afimou aqui que é possível cortar 2 mil e 800 milhões de euros na despesa inútil, mas não disse como.

Aqui Os Verdes alegam que o documento vai ser debatido, mas as grandes decisões já foram tomadas em Bruxelas e ainda declararam que a canalização de dinheiros públicos para áreas que não controlamos, para setores que passam à margem do controle público e do tribunal de contas é cada vez maior”.

O CDS sobre este PEC pouco diz, mas a sua luta pelo outro PEC (Pagamento Especial por Conta) já terá sido abandonada.

Honestamente o que será que o povo diz desta classe política que nos colocou entre a espada e a parede, ou melhor, entre o aumento dos impostos e a diminuição das nossas "poucas" regalias ganhas nos últimos anos?

4 comentários:

  1. Depois de ler o post do Jorge Valdoleiros,sobre uma questão com a máxima importância para todos nós,decidi comentá-lo parafraseando um célebre político Português,a partir dum excerto dum dos seus discursos.
    Diz:"(...)Represento uma política de verdade e de sinceridade,contraposta a uma política de mentira e de segredo.Advoguei sempre que se fizesse a política da verdade,dizendo-se claramente ao Povo a situação do País,para o habituar à ideia dos sacrifícios que haviam um dia de ser feitos,e tanto mais pesados quanto mais tardios.
    Advoguei sempre a política do simples bom senso contra a dos grandiosos planos,tão grandiosos e tão vastos, que toda a energia se gastava em admirá-los,faltando-nos as forças para a sua execução.
    Advoguei sempre uma política de administração, tão clara e tão simples,como a pode fazer qualquer boa dona de casa - política comezinha e modesta,que consiste em se gastar bem o que se possui e não se despender mais do os próprios recursos".
    Palavras que,apesar de proferidas em 1928,por António de Oliveira Salazar,parecem merecer a sua total actualidade.

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  2. Caro Observador, infelizmente tenho que concordar que são palavras bem actuais. Quem conhece a história saberá que Salazar foi empurrado para a política devido ao falhanço total dos políticos da Primeira República. Muitos comentadores tem dito que o perigo do povo pedir um novo salvador da pátria é real e quando se exigem sacrifícios a este povo a tendência histórica é procurarmos numa madrugada de nevoeiro um qualquer D.Sebastião que nos venha salvar
    Também se tem dito que felizmente nem exército temos para fazer qualquer levantamento militar e alterar de um modo drástico o regime.
    Eu sou daqueles que por ler muita história acredito que os regimes não são eternos e chegam sempre o dia em que eles acabam. Espero que a próxima mudança de regime seja realizada pelo povo e a favor do povo.

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  3. Permita-me Jorge Valdoleiros recordar-lhe um facto até hoje nunca desmentido,por quem quer que fosse.
    Esse Português entrou e saiu da gestão da coisa pública,de mãos vazias.Isso é uma verdade inquestionável.

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  4. Caro Miguel, tenho também de concordar que a dita pessoa entrou e saiu da gestão pública de mãos vazias.
    O grave é que vemos defensores de regimes democráticos e eleitos pelo povo a entrarem de mãos vazias e a sairem de mãos bens cheias. E não precisamos de ir muito longe para encontrarmos cofres públicos vazios e ex-"gestores" públicos bem na vida.

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