terça-feira, 11 de janeiro de 2011

800 milhões de euro de folga orçamental

Esta manhã, o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que o Estado terá ficado em 2010 com uma folga orçamental de 800 milhões de euros (ME), correspondentes a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), situando-se abaixo dos 7,3 por cento previstos e superando as expectativas do Governo.

No entender do presidente do Comité Económico e Social Europeu, Staffan Nilsson, “têm sido tomadas boas decisões” por parte do Governo português o que afasta assim a necessidade do recurso ao FMI ou ao Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia.

Estas duas boas notícias podem ser lidas aqui.

O candidato Cavaco Silva reage com cautela aqui, mas o Presidente da República deveria congratular-se com este sucesso do Governo Português.

Já o candidato Manuel Alegre considera aqui que a execução orçamental "está a ser cumprida" e até Marcelo Rebelo de Sousa declara, também aqui, que "uma parte da direita suspira" pela entrada do FMI em Portugal e "querem a intervenção para aplicar um programa que não têm coragem de porpor aos portugueses".

Sócrates insiste ainda aqui que Portugal não vai pedir ajuda externa porque "não precisa", mas alguns políticos fazem tudo aqui para prejudicar o país pois precisam rapidamente de ir a eleições.

1 comentário:

  1. Caro Jorge Valdoleiros

    Eu não seria tão optimista,quanto à hipótese de já não ser necessária a entrada do FMI em Portugal e ou ao Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia,pois no meu humilde entender,a crise nunca teve uma origem política,mas resultou sim,essencialmente de acções especulativas financeiras,para recuperar,reequilibrar e reorganizar todo o sistema capitalista fortemente abalado pelo estrondoso falhanço do "negócio" dos fundos "tóxicos".
    Penso que poderemos com toda a propriedade dizer "o seu a seu dono".
    Quanto às hesitações de Cavaco Silva e à "azia" de Pedro Passos Coelho(do Paulinho das feiras, nem vale a pena falar),só quem sofresse de miopia intelectual,é que ainda não teria percebido a feroz ambição pelo Poder de um e de outro.
    O primeiro,com toda a certeza distraido,até já prometeu na pré-campanha eleitoral "ser mais interventivo" no próximo mandato,obviamente,se for reeleito.É ou não isto,uma confissão da sua inércia e inoperância como Presidente da República durante o mandato que está a terminar?E ao mesmo tempo,uma atitude denunciadora da sua cega ambição pelo Poder?
    Quanto ao segundo,Passos Coelho,depois de toda uma série de declarações públicas para descredibilizar o governo do seu país,injectando ânimo às organizações financeiras para continuarem e acentuarem os ataques especulativos financeiros a Portugal,virá com toda a certeza,se a luz começar a aparecer no fundo do túnel,dizer que foi graças a ele e ao seu PSD pelo acordo do último PEC que tal "milagre" se deu.
    Haverá pudor?Não creio,temos a classe política que merecemos.

    ResponderEliminar