Esta manhã, o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que o Estado terá ficado em 2010 com uma folga orçamental de 800 milhões de euros (ME), correspondentes a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), situando-se abaixo dos 7,3 por cento previstos e superando as expectativas do Governo.
No entender do presidente do Comité Económico e Social Europeu, Staffan Nilsson, “têm sido tomadas boas decisões” por parte do Governo português o que afasta assim a necessidade do recurso ao FMI ou ao Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia.
Estas duas boas notícias podem ser lidas aqui.
O candidato Cavaco Silva reage com cautela aqui, mas o Presidente da República deveria congratular-se com este sucesso do Governo Português.
Já o candidato Manuel Alegre considera aqui que a execução orçamental "está a ser cumprida" e até Marcelo Rebelo de Sousa declara, também aqui, que "uma parte da direita suspira" pela entrada do FMI em Portugal e "querem a intervenção para aplicar um programa que não têm coragem de porpor aos portugueses".
Caro Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarEu não seria tão optimista,quanto à hipótese de já não ser necessária a entrada do FMI em Portugal e ou ao Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia,pois no meu humilde entender,a crise nunca teve uma origem política,mas resultou sim,essencialmente de acções especulativas financeiras,para recuperar,reequilibrar e reorganizar todo o sistema capitalista fortemente abalado pelo estrondoso falhanço do "negócio" dos fundos "tóxicos".
Penso que poderemos com toda a propriedade dizer "o seu a seu dono".
Quanto às hesitações de Cavaco Silva e à "azia" de Pedro Passos Coelho(do Paulinho das feiras, nem vale a pena falar),só quem sofresse de miopia intelectual,é que ainda não teria percebido a feroz ambição pelo Poder de um e de outro.
O primeiro,com toda a certeza distraido,até já prometeu na pré-campanha eleitoral "ser mais interventivo" no próximo mandato,obviamente,se for reeleito.É ou não isto,uma confissão da sua inércia e inoperância como Presidente da República durante o mandato que está a terminar?E ao mesmo tempo,uma atitude denunciadora da sua cega ambição pelo Poder?
Quanto ao segundo,Passos Coelho,depois de toda uma série de declarações públicas para descredibilizar o governo do seu país,injectando ânimo às organizações financeiras para continuarem e acentuarem os ataques especulativos financeiros a Portugal,virá com toda a certeza,se a luz começar a aparecer no fundo do túnel,dizer que foi graças a ele e ao seu PSD pelo acordo do último PEC que tal "milagre" se deu.
Haverá pudor?Não creio,temos a classe política que merecemos.