É esta a conclusão que se pode tirar desta notícia. O presidente do PSD pretende que se especifique "as empresas que dão prejuízos crónicos, e que até têm alternativas no sector privado". A intenção é encerrar as mesmas e aludiu ao caso concreto das "empresas de transportes públicos urbanos de Lisboa e Porto".
Dado que a REFER e a CP são empresas que se encontram precisamente na situação descrita claramente por Pedro Passos Coelho num almoço da JSD realizado em Ílhavo pergunto:
A JSD e o PSD do Marco estão de acordo com a posição do seu líder?
Ou não estando (o que duvido) se já manifestaram o seu protesto por este ataque directo aos serviços públicos de transportes?
Então afinal quem é que quer parar o Marco?
Pode consultar, acima, outros empresas e serviços públicos que o PSD pretenderá encerrar.
Noto também a excelente decisão tomada pela maioria dos nossos eleitos locais de terem escolhido uma empresa privada para gerir os serviços de água de saneamento no nosso concelho. Deste modo já estavam a ser seguidas, antecipadamente, as orientações agora tomadas pelo actual líder nacional do PSD e futuro líder de uma aliança pré ou pós-eleitoral com o CDS/PP.
Meu caro, esta tentativa de adulterar o que é dito deve acabar. O que o Sr. diz ou dá a entender, é que o presidente do PSD quer fechar as empresas que dão prejuizo. NAO SE TRATA DISSO. Se olhasse com mais atenção teria lido o que efectivamente foi dito: ( O governo deve dizer)"as empresas que dão prejuízos crónicos, e que até têm alternativas no sector privado, que pretende encerrar"
ResponderEliminarORA, o que se diz é que o Governo deve verificar aquelas empresas que não prestam serviço publico e que dão prejuizos crónicos E que têm alternativa nos privados, devem encerrar, como é o caso dos transportes publicos urbanos de Lisboa e Porto.
Nunca falou na CP ou na REFER.
Os srs socialistas deviam fazer melhor o trabalho de casa e não MENTIR sobre aquilo que se diz!
Ja agora, o Seu Governo em vez de andar com PROPAGANDA e a MENTIR aos Portugueses, deveria GERIR MELHOR todas essas empresas que refere para que sejam mais competitivas e para que comecem a dar lucro!
ResponderEliminarOs responsáveis são os ministros do SEU Governo!
Caro João Miranda
ResponderEliminarEstas empresas tem dado prejuízos "crónicos", quer nos governos do PS, quer nos governos do PSD ou PSD/CDS.
Esta é a verdade.
Portanto a primeira condição posta por PPC está verificada.
Depois a CP e a REFER tem concorrentes. O transporte Rodoviário e o próprio transporte particular são concorrentes (bem fortes) da CP e da REFER. Não perceber isso é ignorância.
Dou-lhe o exemplo clássico. Os concorrentes da coca-cola, por exemplo, não são só as outras colas. Os principais até são as outras bebidas: água, sumos, outros refigerantes, cerveja, vinhos, etc.
Se não fosse assim também não havia concorrentes do metro, dos cacelheiros, dos comboios urbanos, dos transportes urbanos, etc.
Então quais eram os transportes públicos urbanos a que PPC se referia?
Sobre fechar linhas de comboio deveria saber quem mais kms de linhas fechou no passado, e ai talvz tivesse a resposta para muita coisa. Também deve perceber que as medidas apontadas por PPC não são exclusivas para a cidade do Porto ou de Lisboa, existem zonas urbanas por muitas outras localidades.
Então seja correcto, re(faça) o seu trabalho de casa e admita que não estou a mentir. Perceba que só está a ser enganado por aqueles que o fizeram acreditar numa coisa mas afinal defendem outra.
Por fim se percebesse como funciona o nosso sistema político ainda perceberia que muitas dessas empresas públicas a que se referem tem á sua frente pessoas dos próprios partidos da oposição.
Esteja mais uma vez atento e não se deixe enganar.
Já agora o governo não é meu. É nosso e não perceber isso é outro erro e se mais uma estivesse atento perceberia que as principais linhas aprovadas por este governo foram discutidas, debatidas e fazem parte de um acordo a que os dois principais partidos chegaram com o "patrocínio" do Presidente da República.
Senhor Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarNão gaste os neurónios com estes inteligentes,incapazes de pensar pela sua própria cabeça,limitando-se a verbalizar aquilo que o patrão Passos profere.Se ele diz que os socialistas mentem,quem somos nós para fazer luz nesses bestuntos?
Se se dedicassem a estudar um pouco mais a história recente da ferrovia portuguesa,depressa teriam concluido,que foi Cavaco Silva o responsável pelo desmantelamento de centenas de quilómetros.Talvez ao brilhante leitor fosse recomendável ler os jornais da época e tomar conhecimento da revolta das populações de Trás-os Montes.Não,não se tratava de pretender a electrificação da linha,era uma coisa bem mais modesta,pretendiam apenas que não lhe retirassem a única ferrovia(a linha do Tua)da região.
Quanto à opinião,que os transportes públicos deveriam dar lucro,nem vale a pena esclarecê-lo,qual a filosofia económica,que em qualquer país do mundo,impera na sua gestão(são transportes sociais).E nem quero recordar a gafe que cometeu,devida à sua cegueira política,que o impediu de se recordar,que em todos os governos PSD e CDS,os transportes públicos existiam,continuaram a existir e nunca acabarão com Passos ou sem Passos.A única coisa que vai aumentar com Passos Coelho,irá ser,com toda a certeza,a hipocrisia.
Razão tinha Manuel Alegre a alertar para o ataque desenfreado da Direita,mais preocupada com o capital,que com o estado social.
Quando os Portugueses tiverem que começar a pagar os custos reais da energia eléctrica,da água,dos transportes públicos,por exemplo,rapidamente se aperceberão,que é isso da política dos custos sociais.Depois vão todos começar a pedir para tudo ser privatizado.Privatizar é que é bom.
Até podiamos chamar aqui à discussão,o caso dos preços dos combustíveis.O governo liberalizou os preços para que havendo concorrência,os consumidores pudessem beneficiar dessa concorrência.Que aconteceu?As diferentes companhias fizeram "cartelização"e,deu no que deu.Paga Zé e agradece à GALP.
Caro Jorge
ResponderEliminarAcabemos com os preços sociais,vamos obrigar os idosos,os pensionistas de baixos recursos,os estudantes,os trabalhadores que diariamente se deslocam na ferrovia e nos transportes públicos urbanos,a pagar os reais custos da manutenção desses transportes públicos.Entreguemos aos privados a exploração desses mesmos transportes,mas que façam a sua exploração sem subsídios estatais e logo veremos todo o mundo chorar,lamentar,que afinal os custos sociais se justificavam.
O Estado deve é comparticipar a compra de viatura própria,contribuindo assim para o aumento do consumo dos combustíveis fósseis e da respectiva poluição.Conseguirá igualmente o governo um aumento de receita fiscal no IVA e no IA.Igualmente aumentarão as receitas das portagens,das multas por infracções rodoviárias,mas também um aumento de postos de trabalho nos hospitais,nas funerárias e nos "bate-chaps" cá do sítio.Em contrapartida desaparecem os crónicos prejuízos dos transportes´públicos urbanos,metro,etc.
Ah!já me passava,vão surgir mais postos de trabalho,como mais taxistas,mais arrumadores licenciados,mais doentes do foro psiquiátrico pelo "bem-estar" nas entradas e saídas dos grandes burgos e não só.
E esta?!
E entretanto o petróleo passa os 100 dólares a gasolina e o gasóleo crescem rapidamente e muita gente vai perceber a importância de existir uma rede pública de serviços "básicos".
ResponderEliminarE eu não sou, antes pelo contrário, contra a existência de empresas privadas a concorrer também com as públicas.
Caro Jorge
ResponderEliminarTerminei abruptamente o meu comentário,mas gostaria de complementar a minha opinião,dizendo que em teoria Pedro Passos Coelho terá alguma razão.Há desperdício,há má gestão,em tudo quanto é público.
Dou a Pedro Passos Coelho,o benefício,da dúvida,se algum dia for 1º ministro.
Gostaria entretanto,que aquele político se pronunciasse também se é adepto do "encerramento" das múltiplas autarquias,que delapidam milhões e milhões do erário público.
Afinal,verifica-se pelas suas contas,que a maioria pede meças às empresas públicas.
Já que estamos a lavar a "m....",vamos lavá-la na totalidade.Não devem coexistir dois pesos e duas medidas.
No JN de hoje, assinado por Manuel António Pina, com o título “O Ano do Coelho”, um interessante artigo, que nos dá a possibilidade de inferir que outros fazem as mesmas leituras e já por aqui exprimidas (e contraditadas).
ResponderEliminar“Começa hoje o novo ano chinês, o Ano do Coelho, que, segundo os astrólogos, trará grande prosperidade e sucesso nos negócios e nas finanças.
Por cá, que estamos nos antípodas da China, essa particular espécie de astrólogos que são os economistas anuncia exactamente o inverso. E se 2011 vier também a ser o Ano do Coelho, temos bons motivos para temer que seja ainda pior do que o Ano do Tigre (ou do "Animal Feroz") que passou.
Basta ver o caminho para que apontam as propostas que, como as migalhinhas de pão de Hansel e Gretel, Pedro Passos Coelho vai de vez em quando deixando cair.
Primeiro foi a proposta de revisão constitucional que, de uma assentada, acabava com a proibição de despedimentos sem justa causa (como os despedimentos baratos do Ano do Tigre, também para... combater o desemprego) e ainda com a educação e ensino públicos. A coisa caiu mal e Passos Coelho calou-se por uns tempos. Voltou agora à carga em Ílhavo: as empresas públicas com custos sociais (para Passos Coelho, com "prejuízos crónicos") devem ser fechadas.
Entre outras, Coelho quer, pois, fechar empresas com "prejuízos crónicos" como a CP, a STCP, a Carris, os Metros de Lisboa e Porto, os Centros Hospitalares de Coimbra e Lisboa Norte, o Hospital de S. João, o Instituto de Oncologia... Os "lobbies" privados que estão por trás de medidas destas afiam já os dentes. O Ano do Coelho será, entre nós, o Ano do Tubarão.”
Jorge, o problema deste post está na conclusão que tiraste sem fundamento básico. Eu não li na notícia qualquer comentário à linha do Douro nem vi na imagem de António Ferreira que a linha do Douro dá prejuizo.
ResponderEliminarComo sabes a análise financeira não se faz neste formato.
Independentemente das cores políticas quem está no governo deveria ter tido a visão da proximidade desta crise e antecipar medidas que previnam esta situação.
Agora todos somos da opinião que este governo peca por defeito e que não é a colocar as culpas nos passado que os problemas se vão resolver.
Não tenhamos dúvidas que qualquer gestão privada é mais objectiva que a orientada pelos políticos.
Como diz o Miguel Fontes, não devemos ter dois pesos e duas medidas, mas sabemos que a sustentabilidade de qualquer sistema deve basear-se no equilíbrio.
RVB
Pessoalmente admiro desde há muito Manuel António Pina pela lucidez analítica e crítica, que habitualmente demonstra nas suas crónicas no JN.
ResponderEliminarEsta sobre o "Ano do Coelho" é excelente e demonstra mais uma vez a incoerência do discurso político de Passos Coelho,realizado quase sempre aos zigues-zagues,excessivamente ao sabor das circunstâncias.
E se isto é o potencial futuro 1º Ministro,então clamarei alto e bom som,"Deus nos valha".
Rui
ResponderEliminarPPC foi suficientemente claro ao dizer que se devia "fechar" as empresas públicas que dão prejuizos crónicos. E sem dúvidas que a CP e a REFER encontram-se nesse número de empresas.
Senão a que empresas se referia ele?
Fechando-se a CP e a REFER a Linha do Douro fecha também. Depois não acredito que qualquer das actuais linhas seja sequer lucrativa.
Temos que perceber que todo o sistema de transportes públicos aqui (e também lá fora) depende em muito dos apoios públicos. Não discuto aqui a importância desses apoios, mas é importante percebermos que estas palavras de PPC indicam claramente que a posição do actual PSD é de terminar (ou não) esses serviços públicos.
Até poderá estar certo, mas tem que se assumir que é para fechar e não se pode ter uma política dúbia.
Existem muitos responsáveis do PSD (até deputados) cá no Marco que nos poderiam esclarecer em concreto qual a posição desse partido.
Sobre a crise acredito que poucos a poderiam ter previsto. Eu pessoalmente nunca me passou pela cabeça que nos Estados Unidos ia estourar uma negociata do "sub-prime" que iria ter as repercussões financeiras por que estamos a passar. (Já agora uma negociata de interesses meramente privados)
Sobre a gestão privada versus pública já fui mais favorável à primeira do que agora. Os recentes problemas graves que as principais instituições bancárias PRIVADAS provocaram na economias global e local (veja-se o caso do BPP, BPN e mesmo BCP) fizeram-me repensar até que ponto a gestão privada é eficiente.
Meus caros Jorge e Rui Valdoleiros Brito
ResponderEliminarO problema não está na gestão publica ou privada.A causa é mais profunda e vai para além de qualquer tipo de gestão.Na minha opinião,e ela vale o que vale,o problema tem um fundamento genético.Somos latinos,com temperamento sui generis,muito diferentes dos "cerebrais" germânicos e nórdicos.Não temos cultura de serviço público,pelo contrário,a nossa cultura é a de nos servirmos,ou não fossemos descendentes dos maiores esclavagistas do Mundo.Os nossos avós também juraram servir a causa da Fé Católica,descobrir novos mundos,novas gentes,para baptizar os gentios e depois foi o que se viu.
Assim,com este ou aquele sistema,com este ou aquele governo,desta ou daquela cor,a "doença" é crónica,sem solução.
A não ser que os meus caros acreditem em milagres.Eu não.
Caro Anónimo da 00:58
ResponderEliminarConcordo evidentemente que o problema não está na gestão pública ou privada. (Muitas vezes os principais gestores passam de um lado para o outro quando lhes dá jeito).
E claro que a nossa cultura de serviço público não existe. O nosso interesse é normalmente sermos servidos mmais que servir e consideramos que o Estado tem só obrigações e nós só direitos.
Só não concordo tanto é que o problema seja exclusivo de nós (latinos), se lhes fosse dada oportunidade aos nórdicos eles fariam o mesmo. O que considero é que esses nórdicos tem percebido que é mais importante manter um sistema que funcione que lutar unicamente pelo interesse individual.
Sobre milagres, também não acredito. Assim só resta nós próprios criarmos condições para que tudo isto mude.