Cavaco Silva garante que não vai afastar da sua comissão de honra Faria de Oliveira ou Norberto Rosa, ambos ligados à actual administração do BPN, como se pode ler aqui.
E ainda volta a afirmar que “isto pode estar na escolha do modelo e quando não resulta, temos de revê-lo, ou pode estar na acumulação de funções, os administradores serem em simultâneo administradores da Caixa Geral de Depósitos e de outro banco. Não parece uma coisa muito normal, mas não estou em condições de fazer julgamento”.
Cavaco Silva critica assim de novo os seus próprios apoiantes, pois são eles e mais ninguém que escolheram o modelo que segundo ele não resulta.
Recordo que os ataques de Cavaco Silva à administração do BPN, ou seja, à CGD, surgiram durante o debate frente a Manuel Alegre.
O que provocou as reacções aqui do actual presidente do BPN que o acusou de recorrer ao banco com objectivos eleitoralistas e da CGD, que é presidida por Faria de Oliveira (um seu ex-ministro) que refutou as críticas e as considerou injustas.
Manuel Alegre já acusou Cavaco Silva, aqui, de “procurar desviar as atenções do essencial, que é a gestão danosa da anterior administração e continua a contemporizar com amigos e apoiantes políticos que são os verdadeiros responsáveis pelo escândalo financeiro do BPN, sem esquecer que este banco, o BPN, pertencia à Sociedade Lusa de Negócios a quem Cavaco Silva comprou acções que venderia depois com um lucro surpreendente".
Realmente não ouvi Cavaco Silva criticar a administração liderada por Miguel Cadilhe, outro seu ex-ministro, por não ter conseguido salvar o BPN da situação em que se encontrava antes da nacionalização.
Tal como não ouvi criticar nenhum dos administradores que hoje são arguidos, como é o caso de Oliveira e Costa e Dias Loureiro.
Recordo que Dias Loureiro foi Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, só renunciando ao cargo em Maio de 2009, como se pode ler aqui, onde se também se pode ler que o “o Presidente da República tem manifestado que o conselheiro de Estado Dias Loureiro lhe merece tanta confiança como qualquer outro dos conselheiros”.
Oliveira Costa foi considerado um apoiante e financiador importante na candidatura deste à Presidência da República.
Continuamos a não perceber como é possível que Cavaco Silva possa ter comprado 105.378 acções da SLN e a filha 149.640 a um euro cada em 2001, e em Dezembro de 2003, vender as mesmas acções por 2,4 euros, obtendo um lucro de 351.900 euros (140% de lucro), que o valor da venda das acções tenha sido determinado por contrato e que este candidato à Presidência da República considere que este “negócio” é claro.
São todos farinha do mesmo saco e mestres na arte da treta,do engana-me que eu gosto.
ResponderEliminarCaro Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarTudo quanto se conclui do seu post é altamente criticável e mais uma vez revelador da promiscuidade que há neste Portugal entre a classe política,que temos,e a alta finança(o capital).
Nada,que nós os marcoenses não tenhamos já sentido,ser o Marco um "terreno" minado também por essa promiscuidade.
Quantos da nossa classe política poderão falar olhos nos olhos,manter as mãos abertas e limpas,perante os seus pares e o seu eleitorado.
Porém,grave,mesmo muito grave e condenável é a postura nada digna dos administradores da CGD e do BPN,acusados por Cavaco Silva,em especial os que fazem parte da comissão de apoio à candidatura de Cavaco Silva,não terem de imediato retirado publicamente o apoio a essa candidatura.
Com a sua permanência na candidatura de Cavaco Silva,depois das suas críticas públicas,só demonstram ter fraco carácter e baixo amor-próprio.
Um provérbio bem conhecido diz,"Que quem não se sente,não é filho de boa gente".
Triste,é concluir-se frequentemente,que para semelhantes exemplares de políticos,lorpas são os honestos,aqueles que não "alinham",nem que seja para um pequenino contrato de fornecimentos,ou nem se sujeitem à humilhação de pedirem,repetidamente,apenas e só,aquilo a que têm legítimo direito.
Então aquela do Cavaco Silva em culpar a nova administração do BPN,só pode lembrar a mentes retorcidas ou a "chicos-espertos",que continuam a crer que TODOS os Portugueses são tão estúpidos como nos fazem.
ResponderEliminarDe resto,quanto à explicação da venda das suas acções e da sua filha,a quem e como obteve tal lucro,nada que se ouça ou se leia.Em assunto tão obscuro não convém nada que faça luz,nem mostre transparência.
E a acreditar nas sondagens vamos ter que o aturar mais um mandato,mesmo que corramos o risco de nos voltar a envergonhar,como aconteceu recentemente na República Checa e também na Madeira,onde por imposição do dono e senhor absoluto Alberto João Jardim,recebeu os partidos políticos representados na Assembleia da Região Autónoma da Madeira,nas instalações hoteleiras,onde se encontrava instalado durante essa estadia,denotando o mais completo desrespeito pelos eleitos do Povo Madeirense e em total subserviência a Alberto João Jardim(a aritmética eleitoral tem muito peso,não tem?).