quinta-feira, 15 de abril de 2010

Estupefacto

Algumas vezes na vida preferia não ter razão, e hoje foi uma dessas vezes. A política portuguesa e em especial a Marcoense é pródiga em atrair incompetência. A principal razão porque, após de ter estado mais de duas décadas afastado, resolvi regressar à política activa foi porque comecei a analisar o mundo à minha volta e ver que, ainda mais que a corrupção, graça a incompetência.
Muitas vezes nas minhas intervenções sou "acusado" de um certo extremismo verbal, que eu assumo, pois como muitos dos Valdoleiros eu sou um emotivo, racional, aliás muito racional, mas ainda mais emotivo. Escrevo ou falo sobre "assuntos chatos" e não tenho paciência para ser "politicamente correcto".

Mas hoje, com já disse, estou a verificar que alguns dos meus receios estão a ser verificados. Ainda tenho alguma esperança que esteja a fazer mal as contas.
O meu desabafo não tem a ver com qualquer das lutas políticas dos dois principais partidos do Marco, não tem a ver com a composição das suas listas, e muito menos com as opções que cada um dos militantes desses partidos poderá tomar individualmente no próximo sábado. Mas pode ser que muito do "calor" destas duas lutas tenham tudo a ver com este meu desabafo.
Oportunamente explicarei melhor isto e talvez nessa altura todos os Marcoenses como Nós (ou como Eles) coloquem antes de mais os interesses do Marco em primeiro lugar.

5 comentários:

  1. É bom ver ex-CDS, quase extrema-direita, defender com unhas e dentes o PS. Quando pensava que cada vez mais o nosso país estava a virar demasiado à direita, é bom ver pessoas a fazerem o sentido inverso!

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  2. Sabe eu sou ex-CDS e disse bem porque nunca fui sequer PP. Mas o partido onde fui filiado era Democrata Cristão, Personalista e tinha alguns Liberais como eu.
    A extrema-direita geralmente em Portugal é representada por aqueles que militaram na ANP e que tinha ideologias nacionalista de carácter cooperativista. Acrescento-lhe que o cooperativismo tem as suas origens na visão económica marxista. Pelo que vai um grande diferença entre uns e outros, senão não percebia como o PS ficou tão contente por ter como Ministro Freitas do Amaral.
    Nos 70 a minha opção foi essa porque entre as escolhas possíveis tinha o Comunismo, o Socialismo representado pelo PS, uma social democracia representada pelo PPD (e cheia de gente ex-ANP) e que de facto era mais neo-liberal e conservadora que outra coisa qualquer, e um partido Democrata Cristão, Personalista e Liberal influenciado em muito pela CDU Alemã da época.
    As minhas opções fundamentadas seriam ou pelo PS de Mário Soares e Salgado Zenha ou pelo CDS de Amaro da Costa e de Freitas do Amaral. Recordo-lhe ainda que a primeira campanha que fiz foi a da primeira eleição de Eanes onde o PS lá estava.
    Eu tinha dois contras em relação ao PS, o primeiro era ter uma política económica demasiado ligada a uma esquerda pós-guerra, a segunda é que não me revia em algumas pessoas que lá tinham entrado e que essas sim passaram pela ANP local(eu preferia não dizer nomes pois são pessoas que devo respeitar pela sua idade mas se procurar informar-se na geração mais velha eles são capazes de dizer quem eram os das velhas guarda e um a um para onde transitaram).
    Porque sai a meados dos anos oitenta do CDS é fácil de perceber, e se fosse informado, que muitos dos que saíram nessa altura passaram exactamente para a bancada do PS. O PS já tinha metido o socialismo na gaveta e era socialista democrático ou social democrata .
    E porque agora estou no PS. Sabe o que é a terceira via, é capaz de não saber. Mas eu digo. É uma corrente socialista que em relação aos socialistas democráticos tem a virtude de terem uma visão económica do mundo um pouco mais liberal. Vou dar-lhe três exemplos de socialistas dessa via Blair, Sócrates e Obama.
    Só numa coisa tem razão é que o mundo está em algumas coisas a virar à direita (noutras porventura à esquerda) o PS dos anos 70 de certeza que estava muito mais à esquerda que hoje, eu posso ter oscilado aqui ou acolá pois 20 anos fazem diferença. Agora pensando eu quem é vira muito mais depressa. Não é?
    Já agora, um dos método de extrema direita portuguesa é não ter coragem de dar a cara, aliás eu compreendo pois depois desta minha resposta deve estar bem CORADA.

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  3. Gostei deste meu post, é por estas que sinto que estou a fazer um bom trabalho pelo Marco que adoro.

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  4. Sinto-me orgulhoso do meu Partido Socialista no Marco, em consequência do trabalho e mérito de Artur Melo,passar a contar com filiados deste calibre intelectual e cultural.
    O P.S. do Marco precisa de muitos Jorges Valdoleiros e só os "pobres de espírito"(como lhes chamaria uma popular figura marcoense),têm "coragem" em defrontá-lo, encobertos pelo manto cobarde do anonimato.
    Meu caro Jorge Valdoleiros,este e outros anónimos,que pululam a blogosfera marcoense,não passam de exemplares duma espécime medíocre,infelizmente muito vulgar em Portugal e em particular no Marco.
    Continue a dar-lhes lições com a esperança,que acabe por se fazer luz naqueles cérebros obtusos.

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  5. Meu caro;
    Também assino como anónimo e poderia assinar como "S.Martinho" e não me considero espécie medíocre!!
    Neste momento sinto "raiva" pela impotência de não poder votas sábado, no Artur Melo e até tenho quotas em dia!!
    Resta-me esperar, para poder dar um abraço ao A.M., na certeza que o PS Marco continue no trilho que perdeu há muitos anos!!!

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