Eu …
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada…a dolorida…
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber por quê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo p'ra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Poema de Florbela Espanca enviado por um leitor anónimo em homenagem às mulheres , sejam elas mães, esposas, noivas, filhas, colegas de profissão etc.
A minha homenagem à minha mãe, à minha mulher, às minhas três filhas, às minhas duas irmãs, às minhas duas cunhadas, às minhas duas sobrinhas, muitas primas, amigas, colegas, e todas as outras mulheres.
ResponderEliminarSubscrevo as palavras do Jorge Valdoleiros e em especial o título com que o leitor anónimo brindou as mulheres da minha família e as mulheres em geral.
ResponderEliminarParabéns pela escolha deste poema duma Portuguesa de eleição.