domingo, 4 de abril de 2010

Crime Ecológico

Hoje o Público denuncia aqui que uma empresa com licença de gestão ambiental deitou 10 toneladas de lixo em serras. Este lixo constituído por sobras de esponjas sintéticas foi entregue a uma empresa de gestão para resíduos não urbanos (mais uma), que foi declarada insolvente em Fevereiro. As empresas a montante, nomeadamente uma empresa de São João da Madeira fica deste modo “limpa” de qualquer responsabilidade. O mais escandaloso é que “esta descarga deve ter sido feita há cerca de dez dias. Dá a entender que as pessoas se aproveitaram da campanha para se livrarem do lixo”. A empresa foi identificada como A Transportes Pelarguinense, e a sócia chama-se Adelaide Oliveira.

Se a legislação não for realizada com cuidado permite que com intenção ou não um carrossel de empresas passem sucessivamente a responsabilidade de uma obrigação até que uma por azar vai à falência e aí já não existe ninguém para responsabilizar.

Na minha opinião, a responsabilidade não pode morrer solteira. E mais não digo.

1 comentário:

  1. Parafraseando o jornalista-escritor João Paulo Guerra,dir-lhe-ei caro amigo que "Em Portugal a culpa não morre solteira: morre viúva,órfã, enjeitada e,pior que isso,virgem".
    Se fossemos comentar toda a espécie de atentados criminosos ao Ambiente no nosso Marco e indicar os seus autores,gastariamos um tempo significativo do nosso dia a dia e acabariamos por verificar manter-se a inércia dos responsáveis pela falta de fiscalização e de incumprimento da legislação em vigor.
    Altos interesses capitalistas e também do foro político,envolvidos uns e outros nestas práticas,provocam toda a espécie de constrangimentos sobre os elementos,da população,mais esclarecidos e interessados na causa do Ambiente.Até um dia.
    Tivemos recentemente em Portugal uma jornada criada e apoiada por milhares de elementos da sociedade cívil,logo aproveitada pela classe política para daí retirar dividendos.O caso do nosso Marco não foi excepção à regra.
    E aos maiores atentados ambientais no nosso Marco,mantém-se a prática da política de "olhar para o lado".

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