Ontem como já é hábito assisti à sessão da Assembleia Municipal via Rádio Marcoense. Uma das vantagens é que posso calmamente ouvir as intervenções e simultaneamente gravar as mesmas para que não me venham acusar de faltar á verdade ou não ser rigoroso.
A minha primeira impressão desta sessão é que existiram desde logo, no período antes da ordem do dia, algumas intervenções e “debates” interessantes. Uma “Novela Mexicana” apresentada por Bento Marinho que dará de certeza ainda muito que falar nas próximas semanas. Depois apareceram as habituais queixas dos vários deputados da “oposição” sobre a ineficácia deste executivo camarário: obras prometidas mas nem sequer iniciadas, os mais diversos problemas a que ninguém dá andamento, a deterioração evidente do património público, a falta da qualidade da água da albufeira do Torrão e o esquecimento total dos problemas das freguesias “menos importantes”.
Os deputados da “maioria” não tendo obra para apresentar optaram por criticar o governo e dar início à pré-campanha eleitoral.
Interessante foi ouvir Manuel Moreira a admitir que seis anos de governação são mais do que suficientes para que o actual Governo não se venha desresponsabilizar com a herança do passado e a minimização que fez sobre a influência da crise externa nos problemas do país.
Mas caro Senhor Presidente da Câmara, isso será sinal que aceita que após seis anos de estar à frente do executivo camarário já é tempo de deixar de falar dos erros alheios do passado para se responsabilizar pela ineficácia do seu executivo?
Tive ainda a oportunidade de assistir à mesquinhez de um deputado da “maioria”, que nem sequer vou-me dar ao trabalho de indicar o seu nome, que tentou “tirar satisfações” por o líder da bancada do PS, João Valdoleiros, ter “votado contra” a sua integração na última sessão da Assembleia Municipal. Este deputado tinha chegado atrasado uma hora e vinte minutos. Para que lhe ser permitido integrar a sessão alegou o que estaria definido no regimento da Assembleia Municipal, mas para isso precisaria da unanimidade dos votos dos deputados presentes.
Esqueceu-se de referir que este regimento foi, nessa mesma sessão, considerado “ilegal” para impedir a resposta do Vereador Artur Melo a uma ataque pessoal de outra triste figura da política Marcoense. Nessa altura António Coutinho referiu que o regimento “ilegal” nunca se deveria sobrepor á Lei. Com verdade e rigor podemos verificar que no Decreto Lei 5ª, no seu Artigo 46.º - A, define que compete à mesa “proceder à marcação e justificação de faltas dos membros da Assembleia Municipal”.
Assim João Valdoleiros lembrou a esse deputado que só deveria estar incomodado com a mesa que cumpriu escrupulosamente a lei.
Não contente, e sem resposta para este argumento de João Valdoleiros, voltou a atacar o líder da bancada do PS alegando que este estaria interessado em estar na Assembleia Municipal só “para proporcionar rendimento”. Isto a propósito da senha de presença que João Valdoleiros recebeu nessa sessão da Assembleia Municipal.
A resposta de João Valdoleiros foi novamente arrasadora para o jovem e inexperiente deputado da “maioria”. Disse-lhe vigorosamente que:
“A minha senha de presença foi oferecida logo de entrada à Casa de Povo de Toutosa por causa de terem ficado sem viatura”.
“A minha senha de presença foi oferecida logo de entrada à Casa de Povo de Toutosa por causa de terem ficado sem viatura”.
Este episódio mostra que alguma da juventude que nasceu após o 25 de Abril está na política só com uma ideia em mente:
“A oportunidade de ganhar alguma coisa com a política”
Já na ordem do dia o tema quente foi a “aprovação das contas”.
A este tema em particular vou dedicar vários postais a dar desse modo a minha opinião sobre o “mau” estado das contas do município.
Estamos a falar de quem mesmo? este texto é um monte de nevoeiro.
ResponderEliminarDe Jorge Pessoa...
ResponderEliminarCaro amigos
ResponderEliminarNão referi nomes porque o "ataque" me pareceu tão mesquinho e infantil que não me merece indicar o nome do deputado. Para não existirem dúvidas é da bancada do PSD, mas não acredito que não terá tido o apoio desta. Se estivesse no lugar dos restante elementos da bancada teria ficado incomodado e teria-me distanciado das palavras do "jovem" deputado.
Não confirmo nomes, pois bastará a qualquer de vós consultar as actas da AM e descobrir quem é.
Caro Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarEsse senhor deputado teve uma atitude inqualificável,direi mesmo um comportamento execrável,porque além do mesquinho argumento com que tentou atacar o carácter do Dr.João Valdoleiros,veio levantar o labéu da vingança por parte daquele deputado do P.S..
Se esse imaturo e impreparado jovem deputado,admite chamar "vingança" à recusa daquele deputado do P.S.,líder da bancada socialista,em aceitar o pedido da Mesa da Assembleia(composta por 3 elementos do partido do deputado em questão,o PSD),para que a sua inscrição na sessão da assembleia municipal já a decorrer e depois de ultrapassado o limite máximo de tempo de atraso,que a Lei 5/A prevê, na passada Assembleia Municipal,realizada na vila de Alpendurada,pedido de autorização que colocado aos líderes dos partidos representados na Assembleia Municipal e que foi liminarmente recusado pelo líder socialista,depois da mesma Mesa da Assembleia ter feito a defesa do estrito cumprimento da legalidade de funcionamento da assembleia,chegando mesmo à consideração,que o actual e vigente "Regimento da Assembleia Municipal"(aprovado por larguíssima maioria,apenas com uma abstenção)era ilegal e,que apenas se poderia reger aquela assembleia pela Lei 5/A,então sim,penso ter sido uma pequenina "vingança",no sentido de lhes demonstrar,que a Justiça é cega,imparcial,não se rege por cores partidárias,ou pelo menos nunca se deveria reger.
Até aqui,penso que toda a gente percebeu o erro do imaturo e impreparado deputado,pois tem no mínimo o dever do conhecimento do tal polémico Regimento e da Lei 5/A.
Por outro lado,a imaturidade e impreparação do dito jovem deputado,impediu-o de fazer a leitura correcta da situação e contribuiu com o seu pedido à Mesa da Assmbleia,politicamente falando,por colocar o seu Presidente da Mesa da Assembleia,numa situação incómoda.
No meu entendimento,nunca deveria o Presidente da Mesa ter colocado tal proposta ao plenário, dado que tinha acabado de fazer a defesa do cumprimento da estrita legalidade no regimento da Assembleia.
Afinal,um e outro,Presidente da Mesa e jovem deputado,acabaram por ser "desmascarados" pela recusa categórica do líder socialista Dr.João Valdoleiros.
Cumprimentos
Miguel Fontes
De facto a palavra execrável, traduz bem o comportamento do dito deputado.
ResponderEliminarMas não é só o comportamento do deputado que é reprovavél.
Parece-me que o Sr. Presidente da Assembleia demonstra muita conivência com estes comportamentos. Afinal quem dirige os trabalhos? Por acaso até achei uma certa piada, quando este terminou a assembleia dando conta da sua insatisfação com algumas situações.. e minutos antes teria dito com toda a veemência que quem comandava os trabalhos era ele próprio!
E também referiu com a mesma fogosidade, que quem quiser dirigir a assembleia tem que ganhar eleições… Será assim?
De facto a palavra execrável, traduz bem o comportamento do dito deputado.
ResponderEliminarMas não é só o comportamento do deputado que é reprovavél.
Parece-me que o Sr. Presidente da Assembleia demonstra muita conivência com estes comportamentos. Afinal quem dirige os trabalhos? Por acaso até achei uma certa piada, quando este terminou a assembleia dando conta da sua insatisfação com algumas situações.. e minutos antes teria dito com toda a veemência que quem comandava os trabalhos era ele próprio!
E também referiu com a mesma fogosidade, que quem quiser dirigir a assembleia tem que ganhar eleições… Será assim?!
Cara Dra. Cristina Vieira
ResponderEliminarEstou em total sintonia com as suas palavras,em especial na crítica ao modo,como o Presidente da Mesa,se lhe dirigiu.
Demonstrou apenas arrogância,sobranceria,tudo quanto,nunca alguém deveria poder apontar ao líder do órgão municipal,que representa TODOS os eleitores do Marco.
Aquela atitude,que em nada dignificou o cargo que representa,só vem mais uma vez demonstrar aos Marcuenses,que esta maioria PSD não tem autoridade moral para falar,ou criticar outras maiorias passadas,nem os trajectos políticos de A,B ou C.
Aliás,a memória dos homens é curta e parece que todos se esqueceram que António Coutinho já foi apoiante de Ferreira Torres.
Os meus cumprimentos
Miguel Fontes
a máscara acabou por cair, aliás cai constantemente não passas dum pau mandado nas mãos do manel devias ter vergonha
ResponderEliminarCaros amigos
ResponderEliminarAgadecia alguma moderação nos comentários para não termos que começar a "cortar" os mesmos.
Recordo que todos temos o direito a realizar as nossas opções políticas e a expressar as nossas ideias.