quinta-feira, 14 de abril de 2011

A minha análise, por João Valdoleiros

Nos últimos tempos, e compreensivelmente, o tema de abertura dos telejornais dos diferentes canais de televisão, as capas dos vários órgãos de informação escrita e até de algumas revistas de publicação quinzenal, é a famigerada crise, apresentada sob os mais variados vértices, por mais ou menos críticos, que eles possam ser.

Todo o cidadão, dum modo geral, se inquirido sobre esta coisa da crise, já tem uma opinião formada (ou talvez, formatada). Dizem, é muito grave, o País está na bancarrota, o desemprego sobe, o crédito mal parado idem, o incumprimento do crédito pelas famílias e empresas igualmente, a economia agoniza, o Estado está sem dinheiro para cumprir as suas mais imediatas obrigações, interna e externamente, etc., etc..
   
Enfim todo um rosário de lamentações, um arraial de críticas a Sócrates e ao seu Governo, outro tanto ao partido que o apoia.

No meio desta tempestade de raios e coriscos, que desabou sobre Portugal e os Portugueses, diz praticamente toda a gente, a começar pela conveniente omissão de sua Ex.cia o Senhor Presidente da República (presidente de todos os Portugueses) quanto à progenitura da crise económico-financeira, que acabou por atingir com tal violência o sistema capitalista, primeiro, o norte-americano e depois, o europeu, como não podia deixar de acontecer, tal é a sua interligação, deixando-o praticamente à beira dum novo “crash” como o de 1929, que a culpa é do Sócrates.

Ora, nada mais fácil, que arranjar um culpado, a quem atribuir a paternidade da nossa crise (da dos outros também, norte-americana, europeia, japonesa, etc.) e se ele está logo aqui à mão, porque não? Sempre é mais conhecido para a populaça, que o tal Obama ou a Merkel, tanto mais, que esses não costumam baixar o olhar, nem se preocupam com quem calcam aos pés.

Tipicamente, os Portugueses, latinos como são, raramente param para pensar, antes de pronunciarem as suas sentenças, nos mais variados tribunais populares, que se recriam por tudo quanto é local de maior ou menor convívio social.

Desde os populares treinadores de bancada aos “experts” em todos os assuntos políticos, económicos, financeiros, na Saúde, no Ensino, na Administração Central ou Local, etc., de tudo se encontra a granel.
  
Como também me aconteceu ter nascido Português, ter recebido educação escolar à portuguesa, entretanto ter vivido já algumas décadas e como tal adquirido alguma experiência de vida, mas sempre com uma preocupação em mente, não abrir a boca sem pensar, para não correr o risco dos meus conterrâneos duvidarem da minha sanidade mental, decidi-me por escrever este poste sobre a crise, focando-me SÓ num único vértice e deixando todos os outros para os mais entendidos na matéria,os tais “experts”.

Assim sendo, a minha exclusiva intenção é que me expliquem como um GOVERNO MINORITÁRIO, pôde, no entendimento da sábia, competente, atenta e interessada Oposição, levar o País à tal bancarrota.
     
Afinal e para não me alongar muito mais, quem falhou, Sócrates ou a Oposição?

E por hoje me fico.

João Valdoleiros

2 comentários:

  1. Sócrates é um sortudo,pois tem a oposição mais fraquinha desde sempre.Com um governo minoritário e fartou-se de lhes dar baile.Fraquinhos,muito fraquinhos.Pobre Democracia que tais filhos pariu.

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  2. Eu posso responder à última questão. Falharam todos, a começar no Socrates e a terminar na oposição.
    Temos uma classe política de muito fraca qualidade, pois contam-se pelos dedos os políticos verdadeiramente capazes. E o resultado está à vista de todos...
    É preciso vir pessoal de fora para explicar à nossa classe política como "emagracer" a despesa.
    Mas não nos podemos esquecer, que o governo minoritário, não foi sempre minoritário...

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