Esta é uma boa notícia para Portugal porque a suspensão da exigência de um rating mínimo para que as obrigações do Estado português sejam aceites como colateral para emprestar dinheiro aos bancos europeus. O mesmo procedimento já tinha sido aceite para a Grécia e a Irlanda.
A necessidade deste rating (e só das Standard & Poor’s, Moody’s, FitchRatings e DBRS) é, que na opinião de muitos economistas, dava força para estas agências pressionarem os Estados Europeus (sobretudo os mais fracos). Esta era uma das medidas que se pedia que a EU e o BCE tivessem adoptado, pois não se poderá esperar que essas agências, que são empresas com fortes interesses privados, estejam preocupados com a nossa economia (antes pelo contrário).
Será que outras medidas, como seja o caso de emissão de dívida europeia e a possibilidade generalizada dos Estados serem financiados directamente junto do BCE, não poderiam ser também adoptadas?
Para já ficamos pelo menos compensados seguramente da subida da taxa de referência do BCE para 1,5 por cento, mas melhor para a nossa economia seria que o BCE não tivesse alterado essa taxa de referência.
De facto não percebo qual a preocupação do BCE em manter o Euro tão forte, pois isso só dificultará ainda mais as exportações para fora da Zona Euro, nomeadamente para os Estados Unidos.
Sobre este tema sugiro a leitura no “The Portuguese Economy”, onde Álvaro Almeida escreve que “A decisão da Moddy’s foi correcta…”, e baseia-se para dar esta opinião no que está escrito num dos últimos relatórios do FMI, no qual o Moody’s se terá em parte baseado para justificar a nota atribuída a Portugal.
Um dos participantes neste blog costumava ser o nosso Ministro da Economia.
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