No dia em que faz um mês sobre a vitória eleitoral de Pedro Passos Coelho e perante o “crescente risco” de que Portugal tenha de pedir um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados e a crescente possibilidade de uma renegociação da dívida levaram a agência de rating Moody’s a descer a nota de Portugal para um nível considerado junk (lixo), pode ler-se aqui.
Esta agência reduz assim, de uma só vez, o rating de Portugal em quatro níveis, de Baa1 para Ba2.
Em comunicado de imprensa, o ministério das Finanças acusa a agência de ignorar a “execução de medidas acordadas com a troika”, e o amplo consenso político que as suporta, e a recente adopção da taxa extraordinária, a ser aplicada em 50% do subsídio de Natal e anunciada a semana passada durante o debate do programa de Governo, lemos aqui.
Em 15 de Março o rating tinha descido dois níveis de A1 para A3, lia-se aqui.
A 5 de Abril a mesma agência tinha baixado em um nível a classificação de risco de pagamento da dívida de Portugal, passando-o de A3 para "Baa1" e era explicada pela agência com "as incertezas que se vivem no país a nível político, orçamental e económico".
Em pouco mais de Cem dias Portugal desce 7 níveis no rating da Moody’s. Esta descida coincide com o período de instabilidade política ocorrida no nosso país que começa com a retirada do apoio do PSD ao PEC IV, mas “deveria” ter acalmado com o resultado das eleições do mês passado. Mas afinal os analistas económicos não estão confiantes com o desempenho do governo liderado por Pedro Passos Coelho.
E agora Pedro, a solução vai ser anunciar mais uma subida nos impostos?
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